Seis hábitos que vão fazer você viver mais!

1. Coma mais fibras

As fibras fazem bem para o bom funcionamento do intestino. É verdade, mas elas não servem apenas para isso. Fibras desempenham uma série de funções importantes, como auxiliar a assimilação de outros nutrientes, reduzir o mau colesterol (LDL), prevenir doenças e até evitar o mau hálito.

E para atingir bons níveis de fibras não são necessários grandes esforços, pois elas são encontradas em alimentos que ingerimos comumente. A quantidade ideal de ingestão gira em torno de 25 a 30 gramas por dia e é importante não exagerar. O estômago se adapta ao ‘efeito esponja’ das fibras e acaba se dilatando. Se a pessoa ultrapassa essa quantidade, precisará comer mais do que antes para se sentir saciada. Além disso, é importante ingeris as fibras com um pouco de líquido, pois a seco sua ingestão é mais difícil.

Vários alimentos do dia a dia possuem fibras: cereais (farelos), hortaliças, frutas (com cascas), leguminosas, verduras, trigo, cereais integrais (arroz, pão, torrada), aveia, cevada, bagaço de frutas cítricas, maçã, goiaba, castanha, nozes, ervilha e leguminosas em geral.

Uma das frutas com mais fibras na composição é a goiaba com casca, que tem 5 gramas por cada unidade média. Uma porção de 40g de cereal matinal integral tem 12g de fibras, enquanto meia unidade de abacate tem pouco mais de 7g de fibras – mas tome cuidado com a escolha do cereal, pois muitos contêm açúcar e com a grande quantidade de açúcares e gorduras do abacate.

Uma colher de sopa de aveia possui 1,5g de fibra, assim como uma banana média – ótima combinação, não? E quem gosta do feijão, vale saber que ele possui 2g de fibra para cada 40g, enquanto a mesma quantidade de lentilha (que pode ser uma boa substituta) possui um pouco mais de 5g, assim como o mamão papaia, velho e bom companheiro de quem sofre de prisão de ventre.

2. Fuja do açúcar

Depois da preocupação com radicais livres e raios UV, o alvo para combater o envelhecimento é diminuir o açúcar. Isso porque ele libera um processo que liga moléculas de glicose maléficas às moléculas de proteína saudáveis.

A glicação ocorre quando uma molécula de açúcar em excesso, por aumento da ingestão ou por lentidão do metabolismo da glicose, se adere a uma molécula de proteína (colágeno, elastina) formando os AGEs, que alteram a estrutura dessas proteínas, impedindo a eficácia no desempenho de seus papéis mais importantes e, na pele, leva ao aparecimento das rugas.

Além de alterarem a estrutura da proteína, os AGEs são fábricas de radicais livres que se acumulam ao longo do tempo, piorando seus efeitos no organismo e também deixando a pele com um aspecto opaco e envelhecido. Mesmo com a corrida para tentar combater os AGEs, é possível diminuir seus efeitos com hábitos alimentares saudáveis:

– Amêndoas e quinua são uma boa pedida para as refeições, da mesma forma que o consumo de maçã também é recomendado (rica em antioxidantes e flavonoides)

– As fibras também são importantíssimas: feijão, lentilha, ervilha. Agem como estabilizadores do açúcar e ajudam a queimar a gordura;

– Beba seis a oito copos de água por dia e prefira alimentos orgânicos;

– Evite comidas industrializadas, como flocos de milho, salgadinhos, bolachas, ketchup, refrigerantes e alimentos que contêm corante caramelo na sua composição, dentre outros.

– Tome chá verde ou suplementos à base dessa bebida com probióticos, antioxidantes e substâncias anti-AGEs de ultima geração na composição (prescritos pelo médico).

3. Dormir bem

Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine mostrou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. Alguns problemas de saúde foram associados com pior qualidade de sono. Entre os avaliados, 46% dos participantes que tiveram a autoavaliação de saúde insatisfatória também relataram não dormir bem. As chances de um bom sono foram também menores em pessoas que muitas vezes se sentiam ansiosas, que tinham pelo menos uma doença crônica e dificuldades com as tarefas diárias.

A quantidade ideal de horas de sono varia de pessoa para pessoa. Mas o mínimo recomendado é de seis horas ao dia, sendo importante não ultrapassar nove para adultos, porque quem dorme mais que isso acaba ficando, na verdade, menos descansado.

A importância do sono, também se estende ao aprendizado. A fase REM, quando acontecem os sonhos, tudo que aprendemos durante o dia é processado e armazenado. Quando dormimos menos que o necessário, a memória de curto prazo não é processada e não conseguimos transformar em conhecimento aquilo que foi aprendido.

4. Não se sature de gordura

Viver com gordura pode ser ruim, mas viver sem ela é péssimo para seu paladar e inviável para seu organismo. As gorduras servem de base para a formação de diversos hormônios, inclusive os hormônios sexuais. Entretanto, as gorduras saturadas são as mais nocivas para a saúde do organismo. Para identificá-las, basta lembrar da banha de porco que sua avó tinha guardada na cozinha ou a capa da picanha que causa arrepios no seu cardiologista. As gorduras saturadas contêm o número máximo possível de átomos de hidrogênio (daí o termo saturadas), e ingeri-las em excesso é um passaporte garantido para um infarto no miocárdio.

Derrames e alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama, também têm a origem associada aos excessos dessas gorduras no organismo – sem contar que a gordura saturada é inimiga número um do emagrecimento. Para prevenir tudo isso, restrinja o consumo diário desse nutriente a, no máximo, 7% das calorias totais da sua dieta.

5. Fazer mais sexo

Aqui cabe uma ressalva: priorize a qualidade, em vez da quantidade. O sexo, quando em uma frequência que atrapalha a rotina da pessoa, pode ser um sintoma da compulsão por sexo. Mas, nos dias atuais, o que vem acontecendo com muita gente é deixar o sexo de lado, por conta da falta de tempo e do estresse do dia a dia, que detonam a libido. Segundo o ginecologista Neucenir Gallani, o sexo é importante para a saúde física e emocional, pois o orgasmo libera substâncias como as endorfinas, que atuam no sistema nervoso. Elas diminuem a sensibilidade à dor, relaxando a musculatura e melhorando o humor.

Estabelecer uma quantidade normal de desejo sexual não é algo satisfatório, pois cada um lida com a própria libido de forma diferente – e ao longo da vida ela costuma oscilar e até se modificar por completo. No entanto, quando há insatisfação pessoal, há algo de errado provavelmente.

6. Sorrir mais

Manter uma fisionomia pacífica é essencial para a boa convivência, afinal a expressão “cara de poucos amigos” não surgiu à toa: quem vive de cara feia, afasta todos ao redor.

E sorrir vale até para ajudar a manter aquela linda história de amor. Um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, identificou que pessoas que sorriem de forma sincera e verdadeira têm mais chances de manter o casamento. Isso porque a sinceridade do sorriso revela a atitude da pessoa diante da vida. Sabemos também que a falta de senso de humor, ou uma vida acompanhada de impaciência, raiva e atitudes hostis, estão associados a um maior risco de desenvolver pressão alta, piorar o controle dos níveis de glicose e ainda aumentar o risco de doença isquêmica do coração e de morte.

Você tem medo de dentista?

Se você não se sente muito à vontade na cadeira do dentista, está na hora de descobrir o quanto a ida ao profissional te assusta. Para isso, respondas as questões abaixo com sinceridade:

1. O barulho do motorzinho te incomoda?
2. A anestesia é uma coisa que você gostaria de evitar?
3. Você só vai ao dentista em último caso?
4. Você vive desmarcando consultas no dentista por motivos quaisquer?
5. Quando faz isso, se sente aliviado?
6. Mesmo consciente de que precisa de ajuda profissional, você usa desculpas como a “falta de tempo” pra não ir ao dentista?

Se você respondeu “sim” para duas ou mais perguntas, você tem medo de dentista.

Medo e fobia

Geralmente a própria pessoa se apressa em avisar que não está confortável com a consulta, mas mesmo quando ela não fala, o corpo mostra: coração acelerado, mãos tensas, pés que não param de se mexer e sobressaltos a cada movimento não esperado do dentista, indicam o medo.

Mas medo é diferente de fobia. O medo é um sentimento normal diante do desconhecido e até certo ponto, não é um grande problema. Já a fobia é um transtorno de ansiedade, uma aversão sem base racional a alguma situação, objeto, lugar etc. A fobia requer tratamento, o medo não.

O odontofóbico sequer chega à primeira consulta ou, quando chega, não consegue ir além da sala de espera. Algumas pessoas têm tremores e suam frio apenas ao ligar para o consultório e agendar uma consulta, por exemplo.

Os mais assustadores

Entre os procedimentos mais temidos dentro de um consultório odontológico estão as extrações e os tratamentos de canal. Antigamente, extrair um dente era o único tratamento odontológico disponível: se o dente doía, era “arrancado”. E as técnicas anestésicas não eram tão eficientes quanto as de hoje. Mesmo que atualmente não seja mais assim, o medo passou dos pais para os filhos.

Já o tratamento de canal sempre teve a fama de ser dolorido. Porém, é justamente o responsável por fazer um dente parar de doer. As pessoas chegam ao dentista já com dor e acabam associando-a ao tratamento. Mas o sofrimento não tem origem no tratamento de canal, mas na inflamação ou infecção que será tratada.

Medo sob controle

Enquanto o medo de dentista for algo controlável a ponto de permitir que o paciente faça suas consultas periódicas, não há com o que se preocupar. O problema é quando essas visitas são adiadas e problemas bucais simples passam a ser negligenciados, a ponto de se agravarem.

Dentes antes tratáveis acabam tendo que ser extraídos; infecções de origem bucal podem repercutir em outras partes e órgãos do corpo, como a endocardite bacteriana, que compromete válvulas do coração.

Brasil tem cerca de 16 milhões de desdentados totais

O Brasil tem 11% da sua população sem nenhum dente, o que corresponde a um montante de 16 milhões de pessoas. Entre as mulheres, essa porcentagem sobe para 13,3% e, entre os homens, cai para 8,4%. Das pessoas com 60 anos ou mais, 41,5% já perderam todos os dentes. E 22,8% dos brasileiros sem nenhuma instrução ou sem ensino fundamental concluído estão completamente desdentados Além disso, 23% dos brasileiros perderam 13 dentes ou mais, e 33% usam algum tipo de prótese dentária.

Os números constam da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada nesta terça-feira pelo IBGE, que, em convênio com o Ministério da Saúde visitou cerca de 80 mil domicílios, em 1.600 municípios de todo o país no segundo semestre de 2013.

A pesquisa também mostra que o atendimento odontológico no país acontece majoritariamente na rede privada. Entre os brasileiros com mais de 18 anos que buscaram atendimento de saúde bucal, 74,3% recorreram a consultórios particulares. As unidades básicas de saúde foram responsáveis por apenas 19,6%.

A consulta mostrou ainda que 55,6% do país não procurou um dentista no ano transcorrido antes da pesquisa, e que 53% dos brasileiros escovam os dentes pelo menos menos duas vezes ao dia além de usarem fio dental.

A questão da saúde bucal não englobou crianças e adolescentes. E, segundo levantamento da Turma do Bem, projeto odontológico que atende pessoas carentes no Brasil, cerca de 30 mil crianças nunca foram ao dentista.

O descaso com a limpeza dos dentes ficou evidente em vários indicadores do IBGE. Apesar de 89,1% terem dito que escovavam os dentes ao menos duas vezes ao dia, apenas 53% usavam escova, pasta e fio dental, e 46,8% trocavam a escova com menos de 3 meses.

O uso do fio dental é essencial, segundo dentistas que fazem comparações com a limpeza diária:

Assim, como no banho é preciso lavar embaixo do braço e os pés, ao escovar os dentes é necessário fazer o uso do fio dental. Além disso, as pessoas precisam se consultar com dentistas como fazem com os cardiologistas. Deve ser algo preventivo.

Dos 89,1% que escovavam os dentes ao menos duas vezes ao dia (sem o fio dental), 79,7% eram de pessoas sem instrução e com o fundamental incompleto. Havia decréscimo no ato de escovar os dentes com o avançar da idade (73,4% das pessoas com 60 ou mais).

Dos indivíduos que usavam pasta, escova e fio dental, o percentual dos homens foi de 48,4% e entre as mulheres, 57,1%.

DOENÇA BUCAL LEVA A OUTRAS DOENÇAS

A falta de saúde bucal pode levar a outros problemas sérios de saúde. E não apenas à doença periodontal, que é um conjunto de condições inflamatórias, de caráter crônico, e de origem bacteriana. Começa afetando o tecido gengival e pode levar, com o tempo, à perda dos tecidos de suporte dos dentes.

A partir da boca, as bactérias podem se deslocar para o sistema circulatório. E, assim, contribuir para doenças em outros órgãos.

Alguns pesquisadores descobriram que as pessoas com doença periodontal têm chance maior de desenvolver doenças cardíacas. Isso porque o corpo trabalhará muito mais para anular as bactérias espalhadas pelo sistema circulatório.

Estudos sobre tema apontaram que mulheres com doença periodontal tem três vezes mais chances de terem bebês prematuros.