Alimentos que você deve evitar quando estiver em tratamento com aparelho fixo

Alguns alimentos são verdadeiros inimigos de quem usa aparelho fixo e podem fazer você pagar o maior mico se decidir consumi-los antes de uma reunião ou um encontro. Quer saber quais e por quê? Veja abaixo:

1. Balas e chicletes
Quem nunca resolveu chupar uma bala antes de um encontro para deixar o hálito mais fresco e agradável? Pois é, essa tática pode até funcionar para quem não usa aparelho, mas para quem usa, o efeito pode ser contrário. A consistência pegajosa dessas guloseimas é um perigo, pois pode grudar no braquete e sua remoção é bem complicada. Além disso, muitas balas também são duras e podem descolar os braquetes e os fios.

2. Cereais
Para onde quer a gente olhe, tem alguém dizendo que comer cereais como aveia e granola faz bem para a saúde. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), elas ajudam a manter as funções gastrointestinais equilibradas. Mas são alimentos extremamente ricos em fibras e isso não é muito bom para os aparelhos. Seus pedacinhos se fixam facilmente entre os braquetes e os fios, tornando sua remoção um pouco difícil. Mas isso não quer dizer que as pessoas que usam aparelhos fixos não possam comer esse tipo de alimento.

3. Torresmo
Um torresminho vai muito bem com uma feijoada, né? Mas a consistência dura do alimento também pode fazer quem usa aparelho fixo pagar mico durante um almoço de negócios. Uma mordida mais sem jeito e pronto, o braquete e o fio podem sair do lugar, criando uma cena um pouco constrangedora.

4. Casca do pão
Tem gente que escolhe o pão pela casca, mas como todos os alimentos duros e crocantes, essa preferência também pode danificar o aparelho. O miolo do pão, depois que se mistura com a saliva e vira uma massa, também pode causar um estrago no sorriso, pois as chances de grudar no braquete são grandes e não é qualquer enxaguada de boca que vai remover.

5. Pé-de-moleque e pipoca
Inverno, época de festas julinas, oportunidade de mandar um correio elegante para aquela paquera. Não se você tiver comido um pé-de-moleque ou pipoca antes. O doce é duro e a pipoca tem o milho, ambos podem quebrar um pedaço do dente ao mordê-los, imagina o que não poderia acontecer com um braquete? Melhor evitar.

6. Refrigerante
Esse tipo de bebida é um problema até para quem não usa aparelho. Sua acidez e o alto teor de açúcar agridem de forma radical o dente. As peças do aparelho aumentam a área de retenção da placa bacteriana, e quanto maior a quantidade de placa, mais chances de uma futura cárie. Além disso, a pigmentação dessa bebida pode manchar a borrachinha do aparelho deixando-a com uma aparência desagradável.

7. Maçã
As frutas e os legumes mais duros e fibrosos, como a maçã, cenoura e pêra, precisam ser consumidos com cuidado, pois podem abalar as estruturas do aparelho. Leve os alimentos picados em um pote. Assim fica mais fácil para mastigá-los e você não corre o risco de ter alguma peça do aparelho danificada por causa de um hábito saudável.

Vale lembrar que hoje existem no mercado itens que ajudam a limpar os dentes com aparelhos fixos. O uso de escovas interdentais, que possuem um formato vertical, auxilia na remoção da placa e resíduos acumulados no braquete e ao seu redor com mais facilidade. Um passador de fio também pode ser usado para facilitar o uso do fio dental.

IBGE diz que só metade da população usa pasta, fio e escova dental

Apenas 53% dos brasileiros escovam os dentes com os três itens fundamentais para uma boa higiene bucal: escova de dente, pasta e fio dental, informou este mês o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Esse percentual se refere a utilização dos 3 métodos conjuntos. Se você observar a questão da escovação com pasta de dente, esse percentual é de mais de 90%. Observe que escovar os dentes duas vezes ao dia está em torno de 90%. Esses valores são bastante expressivos e positivos e indicam uma melhora dos indicadores de saúde bucal verificados nos últimos anos.

O ponto que ainda deve ser mais trabalhado com a população é a utilização do fio dental, item responsável pela média baixa de 53% que afirmam usar os três itens.

A questão cultural em que o hábito da utilização do fio dental é negligenciado simplesmente porque parte da população acredita não ser importante; o custo do produto (acima de 10 reais) e a dificuldade motora que algumas pessoas apresentam na execução do processo.

Falha masculina

Ainda segundo a pesquisa, os homens usam os artigos de higiene bucal menos que as mulheres. Enquanto 57,1% delas declararam usar escova, pasta e fio de dental, apenas 48,4% dos homens afirmaram que usam os três itens.

Isso é verificado no Brasil e em outros lugares do mundo. A explicação mais plausível é que o homem se sente invulnerável e, diante disso, busca resolver os problemas autonomamente, enquanto as mulheres buscam ajuda em situações de prevenção e tratamento.

Escolaridade

O fator escolaridade também influenciou muito no resultado. Enquanto 83,2% das pessoas com nível superior usavam os três itens, o percentual cai para 29,2% entre a população sem instrução e com ensino fundamental incompleto.

Troca da escova

Trocar a escova a cada três meses também não é um costume para a maioria dos brasileiros. Segundo dados do IBGE, apenas 46,8% substituem o artigo com menos de três meses.

O desgaste das cerdas da escova dentária diminui a capacidade mecânica de remoção do biofilme (placa dentária). A escolha por não trocar a escova quando necessário (no máximo, a cada três meses), obviamente acarretará numa remoção do biofilme não efetiva.

Fonte: TERRA

Misturas com bicarbonato removem o tártaro?

Quando a higienização não é feita corretamente, restos de alimentos e bactérias ficam grudados na superfície do dente formando a placa bacteriana. Se ela não é removida logo, com o uso da escova e do fio dental, endurece e se transforma no tártaro. Os dentistas têm o poder de removê-lo, mas existem várias técnicas caseiras espalhadas pela internet que também prometem eliminar o problema. Será que elas funcionam?

Bicarbonato e limão

A mais conhecida delas é a que usa uma mistura de água, suco de limão e bicarbonato de sódio para fazer bochechos. Essa técnica promete amolecer essa placa endurecida, facilitando sua remoção durante a escovação.

Quem usa essa técnica se baseia na informação de que o bicarbonato de sódio possui um pH muito elevado, aproximadamente 9, que quer dizer baixa acidez, e que as bactérias responsáveis pela formação da placa bacteriana se desenvolvem em meios ácidos. Ou seja, em contato com essas substâncias esses microrganismos morreriam.

Na verdade, o que acontece é que a abrasividade do bicarbonato agride tanto a superfície dental que realmente acaba removendo os resíduos mais superficiais, mas não a placa bacteriana calcificada como o tártaro. Além de não remover o tártaro como deveria, essa é uma solução muito abrasiva e seu uso pode prejudicar o esmalte dental, causando outros problemas bucais como a sensibilidade e a cárie.

Outra mistura famosa para esse fim utiliza água, bicarbonato de sódio, uma colher de chá de gel de aloe vera, gotas de óleo essencial de limão e colheres de chá de glicerina vegetal.

Essa mistura é tão ineficiente quanto a outra e, mesmo usando substâncias que funcionam como ‘calmantes’ (como o chá de gel de aloe vera), a abrasividade do bicarbonato ainda é bem perigosa para o dente.

Maçã, laranja e morango

Há também uma dezena de técnicas que sugerem o uso de algumas frutas (ou suas cascas) para remover o tártaro. Umas indicam comer maçã todos os dias e as mastigar bem, outras pedem para raspar a casca da laranja nos dentes, e há ainda aquelas que pedem para amassar bem o morango e misturá-lo na pasta de dente.

O que acontece é que o atrito dessas cascas ou alimentos fibrosos com a superfície do dente elimina, de forma efetiva, as crostas, os restos de alimentos e a placa bacteriana do esmalte dental, deixando-o com uma aparência mais limpa. Mas essa técnica só é eficiente quando a placa ainda não endureceu. Depois que ela já virou tártaro, ela se torna pouco eficaz.

Fio dental e dentista

Entre todas as opções para remover o tártaro a única realmente eficiente é a utilizada pelos dentistas em seus consultórios. Lá, o tártaro é removido apenas utilizando técnicas definidas como o ultrassom e o jato de bicarbonato e, em casos mais extremos, associamos à raspagem manual (RACR).

O fio dental é peça fundamental para que o tártaro não se forme. Ele funciona como método preventivo, uma vez que, se usado da forma e na quantidade certa, a placa bacteriana nunca se formará, tornando a existência do tártaro um problema do qual a pessoa não terá que se preocupar nem buscar soluções caseiras ineficientes e perigosas.