Brasileiros usam mais tranquilizantes que europeus

A Proteste realizou uma pesquisa sobre tranquilizantes como ansiolíticos, antidepressivos e hipnóticos, com pessoas de cinco países, para analisar o uso destes medicamentos. E o resultado revelou que a epidemia dos Rivotris, Valiums, Prozacs e afins no Brasil é mais grave do que nos demais pesquisados: Bélgica, Itália, Espanha e Portugal. Os brasileiros demonstraram um uso crônico significativamente mais alto, principalmente de antidepressivos.

Dos entrevistados do país, 45% contaram já ter feito uso desses medicamentos e também declararam ter consumido mais de todas as categorias de remédios no último ano. E 35% dos brasileiros pesquisados apresentam sinais de dependência de ansiolíticos e hipnóticos.Uma importante descoberta da pesquisa foi a declaração dos entrevistados sobre o fato de a insônia ser o principal motivo de uso dos medicamentos. Deles, 21% disseram voltar a experimentar problemas para dormir ao parar de usar os remédios, o que gera um eterno ciclo vicioso. Outras razões incluem acontecimentos traumáticos, como morte precoce de um parente e problemas de saúde.

Fique atento:
– Não dirija após o uso de tranquilizantes: 49% dos brasileiros relataram que dirigem com frequência ou sempre ao fazerem uso de tranquilizantes. Trata-se de um risco, já que esses medicamentos costumam causar sedação e podem retardar a coordenação motora;
– Não realize atividades perigosas: 28% dos entrevistados afirmou realizar, sob o efeito desses remédios, atividades consideradas perigosas, como usar furadeiras ou martelos;
– Não consuma bebidas alcoólicas: o álcool pode intensificar alguns dos principais efeitos colaterais de ansiolíticos e antidepressivos, como sedação, tontura e problemas de memória.