Quais diferenças entre Hipotiroidismo e Hipertiroidismo?

Cerca de 15% da população sofre com problemas na tireoide. Realmente, os sintomas são difíceis de detectar. Mas, mesmo assim, é bom saber que o tratamento funciona melhor quando identificado logo no começo. Os maus que mais acometem a tireoide são o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e a aparição de nódulos benignos nessa glândula. Todas essas alterações podem ser tratadas sem maiores problemas se diagnosticadas rapidamente. Contudo, como os sintomas são difíceis de detectar, uma grande parte das pessoas que sofre com problemas na tireoide não consegue identificar o problema.

A tireoide, que se localiza no pescoço, libera dois hormônios essenciais para o bom funcionamento do organismo, o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina). Eles regulam a velocidade do metabolismo e interferem no desempenho de órgãos importantes, como o coração, rins e também no ciclo menstrual. Por isso, qualquer disfunção na tireoide afeta várias funções vitais do nosso corpo. É importante, portanto, conhecer as principais diferenças entre as duas doenças mais comuns na tireoide: o hipotoreoidismo e o hipertireoidismo.

Hipotiroidismo

O hipotiroidismo pode ser classificado como a baixa produção dos hormônios produzidos pela tireoide. O sexo feminino é mais afetado com essa falha na produção no T3 e T4. Os sintomas podem ser resumidos em todos aqueles sinais de que o metabolismo está desacelerado, como menor número de batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, diminuição da memória, cansaço excessivo e dores musculares. Outros sintomas como pele seca, queda de cabelo, ganho de peso, aumento de colesterol no sangue e alterações no humor – que normalmente leva à depressão-, também são observados em pessoas que têm hipotireoidismo.

Tratamento

O tratamento consiste na reposição hormonal, em geral, à base de levotiroxina (L-T4). O comprimido é tomado uma vez ao dia, cedo, em jejum. Solicita-se que a alimentação ocorra somente após 30 minutos da ingestão da medicação, pois os alimentos aumentam o pH estomacal, diminuindo a absorção da levotiroxina.

Hipertiroidismo

O hipertiroidismo, mesmo sendo um pouco menos comum que o hipotireoidismo, ainda afeta milhões de pessoas no Brasil, segundo dados do IBGE. Assim como o hipotireoidismo, o hipertireoidismo é mais comum nas mulheres.

Os principais sintomas do hipertireoidismo são o oposto do hipotireoidismo, ou seja, irregularidade e aceleração nos batimentos cardíacos, geralmente acima de 100 batimentos por minuto, nervosismo, mãos trêmulas e sudoreicas, ondas de calor repentinas, intestino solto, perda de peso acentuada sem intenção.

Alguns sintomas, no entanto, são os mesmos como enfraquecimento e queda de cabelos, fraqueza e dores musculares e alterações no ciclo menstrual. Ela também aumenta as chances de aborto e acelera a perda de cálcio dos ossos, com aumento do risco de osteoporose e fraturas. A semelhança entre os sintomas é um fator que dificulta o diagnóstico do tipo de doença na tireoide. Por isso que os exames TSH sérico e ultrassom da tireoide são essenciais para fazer o diagnóstico.

Tratamento

o tratamento com medicamentos específicos, como Tapazol ou Propiltiouracil, que reduzem a função tireoidiana e controlam a produção hormonal pela tireoide, é o mais comum. Esses dois medicamentos são administrados pela via oral, e devem ser receitados por um médico. Outro tratamento bastante comum é com iodo radioativo, mais conhecido como radioiodoterapia. Durante esse tratamento, a glândula tireoide absorve o iodo da circulação e quando ele penetra na glândula, começa a destruí-la lentamente. Esse processo pode durar meses, mas tem efeito definitivo.

Nos casos em que a glândula foi afetada por um tumor, existe a opção da cirurgia para a retirada da tireoide, após isso deve haver o tratamento com medicamentos para a reposição hormonal.