Seis dicas para ser mais feliz

Nos últimos anos, cientistas sociais têm chegado a várias conclusões sobre a felicidade. Eles identificam comportamentos, hábitos e maneiras de enxergar o mundo que são mais observados em gente que se declara mais feliz e que desencadeiam sentimentos relacionados à felicidade. Baseando-se nesses estudos, redigimos uma lista de seis atitudes que devem te deixar mais satisfeito consigo mesmo, mais calmo, mais concentrado e, no fim do dia, mais feliz:

6. Levante do sofá e mexa-se…

Muitos estudos mostram que quem pratica exercícios físicos é mais feliz – trata-se, inclusive, de uma estratégia comprovada para superar a depressão. No livro The Happiness Advantage, o autor Shawn Achor menciona um estudo feito com pacientes que trataram depressão e o grupo que associou medicação com exercícios físicos teve apenas 9% de recaída, contra 38% dos que só tomaram remédio e não se mexeram.

Além disso, um estudo de 2012 do Journal of Health Psychology confirmou que gente que se exercita se sente muito mais satisfeita com o corpo, mesmo quando não há mudanças físicas aparentes. Sem contar a parte que você já conhece: exercício físico desencadeia no cérebro a liberação da endorfina, que alivia a sensação de dor muscular e cujo nome vem de endo + morfina. É conhecido, não à toa, como hormônio do prazer: uma droga natural.

5. …mas também descanse um pouco

A maioria de nós trabalha demais, passa o resto do tempo livre vendo TV e usando o Facebook e dorme menos do que deveria. Esse hábito não só influencia negativamente sua saúde, mas também impacta na sua felicidade. É que quem dorme mais é mais positivo e encara emoções negativas com menos sensibilidade. Um estudo publicado nesse livro observou que quem dorme pouco tem mais facilidade em acessar memórias felizes, mas não tem problema nenhum em se lembrar das ideias e memórias com conotação negativa. Desnecessário dizer que a quantidade e a qualidade do seu sono à noite afetam seu humor e produtividade pelo dia todo, né?

4. Medite

Meditar não apenas te deixa mais focado, calmo e produtivo. Parar alguns minutos por dia para esvaziar o cérebro, comprovadamente, pode te fazer mais feliz, imediatamente e a longo prazo. Estudos mostram que, minutos depois de meditar, há um aumento nas sensações de calma, contentamento, na percepção e na empatia. E uma pesquisa do Hospital Geral de Massachusetts, publicada na revista Psychiatric Research: Neuroimaging, concluiu que depois de participar de um curso de meditação, os cérebros dos voluntários do estudo pareceram reprogramados para a felicidade: aumentaram as atividades nas áreas associadas com compaixão e diminuíram nas áreas relacionadas ao stress.

Essa matéria da Psychology Today reúne diversos estudos parecidos, e o que todos eles parecem concluir é que meditar vai te deixar mais gentil, mais calmo e mais satisfeito consigo mesmo. Ou seja: mais feliz.

3. Seja grato

Apenas o sentimento de gratidão é capaz de aumentar sua satisfação geral com a própria vida. Um dos exercícios mais recomendados é anotar, diariamente, três coisas pelas quais você ficou grato naquele dia. Nesse estudo, o humor e o bem-estar geral dos sujeitos pesquisados melhorou só com esse hábito diário. Gratidão te ajuda a lembrar dos aspectos positivos da sua vida, além de contribuir para te deixar mais otimista por transformar coisas ruins em boas e te lembra do que realmente importa.

2. Seja solidário

Fazer os outros felizes é fórmula garantida para aumentar seus níveis de satisfação e felicidade. Em vários estudos, conduzidos em épocas e por pesquisadores diferentes (como esse, por exemplo) cientistas observaram que participantes eram mais felizes depois de comprar algo para outra pessoa do que para si mesmo. Outra passagem do livro The Happiness Advantage menciona que gastar dinheiro com outras pessoas aumenta a felicidade. Mas isso, obviamente, não significa que você não pode ser mais feliz se a grana estiver curta e você não puder pagar coisas para os outros. Ajudar os outros de qualquer maneira é um método comprovado de trazer satisfação pessoal e felicidade.

Ser gentil e solidário é o ato mais provável de produzir um aumento na sensação de bem estar, de todos os exercícios testados durante estudos conduzidos por ele. Outro estudo observou dois grupos de pessoas: as que faziam trabalham voluntário e foram obrigados a parar e outras que continuavam com a atividade voluntária. Os resultados mostraram que aqueles que continuavam voluntários mostravam um nível maior de satisfação com a vida.

1. Tudo que você é precisa é de amor

Não foi a toa que Gandhi, John Lennon e Martin Luther King, por exemplo, bateram nessa tecla há tanto tempo. Pesquisadores de Harvard analisaram a vida de 268 homens por 72 anos e observaram, entre outras coisas, como mudamos quando envelhecemos e quais coisas são mais prováveis de nos fazerem feliz e satisfeitos na vida. O curador chefe do estudo, George Vaillant, um psiquiatra que dirigiu as pesquisas de 1972 a 2004, escreveu um livro para descrever suas descobertas e disse ao Huffington Post que o estudo mostrou há dois pilares para uma vida feliz: “um é o amor. O outro, encontrar uma maneira de lidar com a vida que não afaste o amor.”

Mais de uma vez, quando perguntado o que ele observou que é realmente importante na vida, Vaillant confirmou: “a única coisa que realmente importa na vida são seus relacionamentos com outras pessoas”. Talvez seja necessário dizer que Vaillant não está falando só de relacionamentos amorosos, mas de seus amigos e da sua família, também. Daniel Gilbert, outro pesquisador de Harvard especialista em felicidade, pontua: “somos felizes quando temos família e amigos, e quase todas as outras coisas que nos fazem felizes são apenas jeitos diferentes de conseguir mais família e mais amigos.”

Fonte: Revista GALILEU

Má higiene oral pode favorecer a contaminação por HPV

Gengivas inchadas, dentes faltando e outros sinais de má higiene oral são considerados porta de entrada para infecção do papiloma vírus humano (HPV), sexualmente transmissível e causador de tumores na nuca, boca e garganta.

Um estudo publicado semana passada na revista “Cancer Prevention Research” é o primeiro a relacionar o HPV à higiene oral, mas especialistas alertam que ainda é cedo para afirmar que escovar os dentes e usar fio dental regularmente sejam fatores de prevenção da doença.

“A descoberta é uma associação modesta, ainda não sabemos se a pouca higiene oral pode levar à infecção por HPV e evoluir para o câncer, por exemplo” explicou a epidemiologista Aimée Kreimer, do Instituto Nacional de Câncer.
Esta constatação sugere uma outra desvantagem potencial para a higiene deficiente “por causa de uma possível associação entre pessoas pobres e a presença do papiloma vírus humano, que em si é identificado com várias doenças”, disse Sol Silverman, professor de medicina oral na Universidade da Califórnia, em São Francisco, e porta voz da American Dental Association.

Pesquisadores do Centro de Saúde e Ciência da Universidade do Texas revisaram dados dos grupos de alto e baixo risco em infecção por HPV e saúde bucal: 3.439 adultos, com idades entre 30 e 69 anos, que fizeram parte da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição 20092010 (NHANES).

O estudo descobriu que homens, fumantes e com múltiplos parceiros de sexo oral têm mais probabilidade de infecção oral por HPV.

Depois de isolar o tabagismo e o número de parceiros de sexo oral, no entanto, o novo estudo descobriu que má saúde bucal foi um risco independente para infecção oral por HPV: os riscos de ter infecção oral por HPV aumentam 55% entre os que relatam a saúde bucal como pobre.

“Acreditamos que úlceras, inflamações da gengiva, feridas ou lesões são portas de entrada para o HPV” disse Christine Markham, coautora do estudo e professora associada da Universidade de Texas.

“Os cânceres orais causadas pelo HPV são normalmente encontrados perto das amígdalas ou na base da língua, e é difícil ver como essas regiões poderiam ser diretamente afetadas pela inflamação periodontal. Três das quatro medidas utilizadas para avaliar a saúde bucal dos participantes, incluindo a presença de doença periodontal e dentes faltantes, foram relatadas no estudo.