Canal mal tratado pode levar à cirurgia

O tratamento de canal é um procedimento corriqueiro nos consultórios dos dentistas, mas é preciso procurar um especialista para o problema não se tornar ainda pior.

A Endodontia é a especialidade odontológica responsável por tratar das doenças da polpa (“nervo do dente”) e dos tecidos que envolvem a ponta da raiz do dente. É este especialista que deve ser procurado quando um tratamento mais específico é necessário.

O dente precisa de tratamento de canal em três situações: cárie ou doença na gengiva graves com inflamação e morte da polpa; quando um dente receberá uma coroa e é indicado um tratamento preventivo e em casos de trauma.

No tratamento do canal da raiz do dente é preciso retirar a polpa que, uma vez danificada, infeccionada ou morta, precisa ser removida. Mas nem sempre dá certo, seja por complicações ou por erro do dentista. Essa é a hora que pode ser necessária uma cirurgia endodôntica.

O insucesso do tratamento de canal ocorre basicamente por quatro motivos: profissional não capacitado, anatomia complexa, bactérias super resistentes e fratura da raiz.

A cirurgia remove a ponta da raiz, cerca de 3 a 4 mm finais, que é onde ocorrem os maiores problemas e onde a anatomia é mais complexa. Esse tipo de procedimento só deve ser indicado quando todas as possibilidades de tratamento convencional já foram esgotadas.

Não tratar o canal de um dente com a polpa já comprometida pode levar a diversos problemas, o mais grave deles são os abscessos. Casos mais graves de abscesso, dependendo do local onde ele se instala e da condição imunológica do paciente, pode levar até ao óbito, pela formação de um evento chamado ‘Angina de Ludwig’, uma infecção no assoalho da boca.

É importante lembrar que o tratamento de canal é evitado com procedimentos simples de higiene oral, com o uso correto de escova e fio dental. As visitas periódicas ao dentista também pode evitar um tratamento de canal, uma vez que o diagnóstico precoce de uma cárie é de suma importância.

Saiba o que fazer se o dente doer durante um voo de avião

Uma dor de dente pode estragar os planos para as férias. Para evitar o estresse, é indicado marcar um checkup e não ter surpresas. Mas, se o dente doer no meio de um voo, local em que é difícil resolver o problema com um profissional, há o que fazer para não passar aperto.

A dor pode ser pior em um voo, onde há menos pressão atmosférica, baixa quantidade de oxigênio disponível, baixa umidade do ar e baixas temperaturas. Essas variações podem agravar possíveis problemas já existentes na polpa do dente, provocando dores de variadas intensidades, que podem piorar durante a mastigação ou ingestão de alimentos quentes ou gelados.

Caso seja pego desprevenido, há formas de aliviar a dor. Tomar um analgésico, de quatro em quatro horas, para diminuir o incômodo. Também é preciso tentar manter a calma, ficar tranquilo e relaxar, uma vez que o nervosismo pode intensificar a dor.

Em vez de comer algo quente, prefira líquidos frios e alimentos com temperaturas mais amenas. Não faça bochechos com produtos antissépticos antes de saber o diagnóstico e procure um atendimento profissional logo que aterrissar.

Tipos de clareamento tem prós e contras

Tiras adesivas, pastas branqueadoras e até água oxigenada. As opções para deixar os dentes brancos crescem a cada dia, mas existem os tratamentos recomendados e seguros que, além de clarear o sorriso, não agridem a saúde da boca.

Molde caseiro
No clareamento caseiro, o cirurgião-dentista produz moldeiras que são entregues ao paciente junto com seringas do gel clareador e instruções de uso.
Vantagens: o clareamento é feito separadamente nos dentes de cima e nos de baixo. Pode ser usado em períodos de 30 minutos durante o dia ou à noite durante o sono, segundo as recomendações do dentista.
Desvantagens: o dentista estabelecerá a frequência de retorno ao consultório para avaliação dos resultados, que em média são atingidos com duas semanas de clareamento para cada arcada.

Água oxigenada
A água oxigenada é o principal componente de tinturas de cabelos, cremes de clareamento de pelos, entre outros procedimentos para mudança de coloração.
Vantagens: é um método barato e que pode ser feito em casa.
Desvantagens: é prejudicial usar o peróxido de hidrogênio (principal componente da água oxigenada) sem indicação, pois o produto apresenta diferentes comportamentos de acordo com seu pH, diluições e concentrações. Sua ingestão libera radicais oxidativos (radicais livres, que estão ligados ao envelhecimento dos tecidos). Os efeitos negativos podem ser diferentes de pessoa para pessoa, como corrosão ou dano aos dentes, gengiva ou corpo.

Enxaguante
São usados após a escovação para promover a limpeza e clareamento. Os enxaguantes devem ser vistos como coadjuvantes na manutenção do efeito clareador.
Vantagens: pode ser usado diariamente.
Desvantagens: alguns enxaguatórios têm em sua composição o peróxido de hidrogênio que realmente possui propriedades clareadoras, mas a baixa concentração deste composto e o reduzido tempo de contato com os dentes fazem com que seus resultados sejam muito lentos quando comparado com as técnicas profissionais.

Tiras clareadoras
As tiras clareadoras dão resultados melhores, uma vez que permanecem mais tempo em contato com os dentes e apresentam maior concentração de agente clareador.
Vantagens: podem ser usadas para quem quer clarear poucos tons. São práticas e indolores
Desvantagens: podem causar sensibilidade nos dentes e até pequenas úlceras. A desvantagem também está no comprimento das tiras, que muitas vezes ficam restritas aos dentes anteriores, além de não termos controle sobre a substância clareadora (já falamos em outra matéria sobre as tiras).

Creme dental
Os cremes dentais removem manchas superficiais, o que ajuda na manutenção da cor natural ou dos resultados conseguidos com clareamento profissional.
Vantagens: faz parte da higiene diária e o custo é baixo.
Desvantagens: como são produtos que funcionam realizando abrasão na superfície dental, seu uso deve ser intercalado com pastas de menor abrasividade.