Qual a maneira correta de escovar os dentes?

Qual é o método correto de escovar os dentes, com que frequência é necessário higienizar a boca e quanto tempo deve demorar cada escovação? Os dentistas ainda não entraram em acordo sobre as recomendações aos pacientes, revelou um estudo publicado nesta sexta-feira no periódico British Dental Journal.

Cientistas da Universidade College London, na Inglaterra, compararam as recomendações de higiene bucal feitas por associações odontológicas, livros e fabricantes de pastas e escovas de dente de dez países: Austrália, Brasil, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Japão, Noruega, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos. Eles constataram que não há consenso entre as várias fontes do estudo.

“As pessoas precisam de uma informação concreta sobre qual é o melhor método de escovação. Se elas ouvem uma coisa da associação de odontologia, outra do fabricante de escovas de dente e mais uma do seu dentista, ficarão confusas sobre como escovar os dentes”, diz o líder do estudo, Aubrey Sheiham, professor da Universidade College London.

Técnica — De acordo com Sheiham, não há evidência de que as técnicas complicadas são melhores do que qualquer simples escovação. O método mais comum é fazer um suave e curto vai-e-vem horizontal da escova nos dentes, em um ângulo de 45 graus. Dessa maneira, partículas de comida, placas e bactérias se desprendem da gengiva. Para evitar uma escovação muito forte, Sheiham sugere segurar a escova como um pincel.

Segundo o estudo, as diferentes mensagens emitidas por profissionais e fabricantes indica que são necessários mais estudos sobre a eficácia de cada método. “A variedade de recomendações que encontramos provavelmente se deve à falta de fortes evidências de que uma técnica é melhor do que a outra”, explica o autor.

Fonte: British Dental Journal

O que é dor fantasma?

O termo “dor fantasma” é muito conhecido em casos de perda de alguma parte do corpo em que o paciente fica com a sensação de que ainda possui o membro e muitas vezes sente dor no local. Acontece que esse sintoma também pode aparecer quando se perde ou se extrai um dente.

Na maioria das vezes, essa dor se inicia por causa de um trauma na boca ou por procedimentos dentários. Características genéticas, ambientais e relacionadas ao sexo influenciam na dor fantasma. Na maioria das vezes, pessoas com propensão à dor crônica estão no grupo de risco que engloba mulheres com uma média de 40 anos.

Muitas vezes é difícil identificar a causa ou as características dessa dor e, em 90% dos casos, a pessoa acaba sendo submetida a uma série de procedimentos odontológicos em vão. Há diferença entre uma dor de dente causada por infecções e uma dor fantasma. A dor de dente padrão pulsa, enquanto a fantasma é uma dor neuropática (causada por lesão ou disfunção do sistema nervoso), constante e que costuma queimar.

Para evitar a frustração de os tratamentos não acabarem com a dor, o ideal é fazer uma avaliação com um profissional, já que a dor fantasma ocorre até com quem tem a saúde bucal impecável.

Fonte: TERRA

Como evitar que seu filho tenha medo de dentista?

Acredite: é possível que você eduque a criança e ajude-a a nunca temer o barulhinho do motor na cadeira do dentista. Tudo começa em casa: mesmo quando seu filho ainda é banguela, você pode introduzir as noções de saúde bucal a ele. Limpar a gengiva com gaze, por exemplo, já cria o ritual de higiene – e ele aprende que é algo natural, indolor. Depois, quando nasce o primeiro dente, uma escova colorida tornará o momento da limpeza divertido. Cantar uma música e até inventar uma história para contar ao seu filho podem fazer parte também.

E sabe por que isso tudo é importante? O modo como o assunto “dentista” for apresentado desde o começo da vida das crianças será fundamental para que não criem resistência ao assunto. Vale até levar seu filho com você a uma consulta, como acompanhante – junto com outro adulto, claro, para que fique de olho nele. Esse é o primeiro passo para a criança se familiarizar com o ambiente. Dessa forma, quando chegar a vez dela ser o paciente, não vai estranhar ter de ficar um tempinho deitado enquanto o dentista examina a sua boca. Outro ponto importante é não esperar o seu filho ter alguma dor nos dentes para agendar a primeira consulta. O ideal é que a visita ao profissional aconteça no primeiro ano de vida. Os procedimentos serão só de prevenção. E o profissional vai orientar os pais sobre a importância dos hábitos saudáveis para evitar cáries. Quando for mais velho, a conversa será do dentista com ele mesmo.

E mais: quando o bebê tem de 1 a 2 anos, seu círculo social é menor e inclui basicamente a família. Nessa fase, a influência dos pais é maior. Ainda não há risco dos amigos da escola contarem histórias negativas relacionadas ao dentista. Ouvir algum relato de dor ou sofrimento pode deixar a criança com medo, antes mesmo de ela conhecer o consultório.

Isso vale também para você. Não basta explicar a seu filho como é importante e tranquilo ir ao dentista, se, mesmo sem querer, você costuma soltar frases como: “Vou desmarcar com o doutor hoje”, “Não quero nem ver quando eu entrar naquela sala” ou “Já sei que vou sentir dor!”. Não se iluda: a criança está escutando seus resmungos e absorverá esse sentimento de insegurança. Portanto, se os pais temem ir ao dentista, não devem manifestar esse medo perto dela. A abordagem positiva sobre o assunto precisa ser verdadeira. A gente imagina que educa com o que fala. Mas as crianças aprendem pelo não verbal também.

Tomando esses cuidados prévios, é hora de agendar a primeira consulta. Escolha um profissional competente e que esteja acostumado a atender crianças. Isso fará toda a diferença: o tempo reservado ao seu filho será maior, já prevendo a necessidade de uma abordagem mais cuidadosa e lenta. Outra característica essencial do profissional é que ele seja paciente e responda, sem pressa, às perguntas curiosas do seu filho. Diante de um cenário novo e com tantos detalhes, é natural que ele queira saber para que serve o algodão ou por que o profissional precisa se vestir de branco.

A relação que o especialista estabelecerá com a criança será de amizade e confiança. Ele vai explicar que ajudará a prevenir bichinhos no dente e que ainda deixará o sorriso mais bonito. A técnica principal para conquistar a segurança do paciente é a brincadeira associada ao diálogo. A massa que colocará no dente é verde? Então ela diz que é do Ben 10, aquele personagem do desenho animado. E se, mesmo assim, a criança tiver medo ou não quiser abrir a boca? A música e a televisão podem ajudar a acalmar. Outra estratégia é usar um boneco como paciente (vale levar aquele preferido do seu filho): o dentista coloca o espelho diante do sorriso do brinquedo e mostra para a criança todos os procedimentos na boca dele. O dentista segue adaptando o vocabulário e explicando, de forma simples, o que será feito.

Se precisar usar o motor de baixa rotação, por exemplo, pode mostrar no dedo da criança como a máquina faz cócegas. Ela vai achar divertido sentir o dente tremendo após essa abordagem. Caso o procedimento seja mais complexo, o dentista pode fazer um pacto com o seu filho. Se ele sentir dor ou desconforto, deve erguer a mão, para que o especialista pergunte o que está acontecendo. E claro: jamais a palavra “dor” deve ser usada. O dentista dirá simplesmente: “Qualquer coisa, use o nosso código e eu paro o que estou fazendo”. Se mesmo diante de todos esses truques, a criança ainda apresentar medo de dentista, pode ser necessário procurar a ajuda de um psicólogo. Mas os especialistas garantem: só em situações extremas isso se faz preciso. Em geral, há sucesso na experiência.

Para garantir que dê tudo certo, é importante que você tenha a postura correta durante a consulta do seu filho. A presença de um responsável legal, além de obrigatória, ajuda a transmitir segurança à criança. No entanto, se você for ansioso ou inseguro, é melhor pedir para que seu companheiro seja o acompanhante. Mas atenção! Quem está no controle da situação é o dentista: você não pode interferir no andamento do trabalho dele. Combine previamente com o profissional e pergunte o que pode fazer: segurar a mão do seu filho, conversar sobre outros assuntos ou simplesmente ficar em silêncio.

E uma dica fundamental: nunca associe a consulta a castigo ou ameaça, por exemplo. Nada de dizer: “Se você não se acalmar, vou levá-lo para o consultório!”. Nem prometa algo previamente: “Caso você se comporte no dentista hoje, vai ganhar presente!”. Seu filho precisa entender que é uma experiência necessária, que só fará bem a ele. E ainda pode ser divertida!