Os dentes podem voltar a entortar depois de tirar o aparelho?

Depois de um longo período, finalmente o seu dentista trouxe a tão esperada boa notícia: você vai deixar de usar aparelho!

Mas junto com a satisfação de exibir um sorriso bonito e todo certinho, vem o medo de que os seus dentes possam ficar tortos novamente.

Por isso, preparamos um conteúdo para tirar todas as suas dúvidas e esclarecer o que acontece depois do uso do aparelho ortodôntico. Confira!

O QUE ACONTECE COM OS DENTES QUANDO O APARELHO É RETIRADO?

O nosso corpo é dinâmico e está sempre em movimento, respondendo aos estímulos do ambiente. Com a nossa boca e dentes não poderia ser diferente.

Por isso, quando o aparelho ortodôntico é removido, os dentes têm a tendência de acompanhar as conformações biológicas e espaciais com as quais estão mais familiarizados.

Isso significa que, depois de usar aparelho, os cuidados para evitar que os dentes retornem à sua posição inicial são imprescindíveis.

SAIBA OS CUIDADOS FUNDAMENTAIS DEPOIS DE USAR APARELHO

Dentre esses cuidados, o principal deles é a contenção, que será recomendada pelo seu dentista de acordo com as necessidades do seu tratamento odontológico.

Ela pode ser fixa ou móvel e deverá ser usada por até 1½ ano, dando continuidade ao tratamento ortodôntico.

Por isso, os dentistas concordam que a fase de contenção é uma das mais importantes de todo o processo, pois sem esse procedimento os dentes voltariam para a posição inicial em questão de poucos anos.

Mesmo com o uso da contenção, algumas pessoas se perguntam se é preciso ter mais algum cuidado especial depois de usar aparelho. A resposta para essa pergunta é sim!

O QUE PODE ME FAZER VOLTAR A USAR APARELHO?

Usar corretamente a contenção, seguindo todas as orientações do seu dentista, é fundamental para dar continuidade ao seu tratamento ortodôntico e evitar o deslocamento excessivo dos dentes com a retirada do aparelho.

Porém, alguns hábitos podem favorecer a movimentação dos dentes, mesmo que você use a contenção corretamente.

Um desses hábitos é a mania de roer unhas. Além de ser pouco higiênico e possibilitar a contaminação por micro-organismos, roer as unhas provoca movimentos inadequados em toda a arcada dentária.

O bruxismo e a respiração feita pela boca também podem causar a necessidade de voltar a usar aparelho. Esses problemas exigem atendimento especializado, uma vez que o bruxismo tem relação com nível de estresse acumulado, além de outras questões emocionais que influenciam a saúde bucal.

Além disso, manter a rotina de higiene bucal também é muito importante. É por meio dos cuidados diários com a escovação e o uso do fio dental que você será capaz de prevenir cáries e perceber qualquer alteração no posicionamento dos seus dentes.

Quando isso acontecer, procure o seu dentista o mais rápido possível, para que ele possa avaliar a situação e fazer os procedimentos adequados. Dessa maneira, você continuará a exibir um lindo sorriso, sem precisar voltar a usar aparelho.

Saiba como evitar a morte do dente

Acreditem se quiser, mas os dentes podem morrer! E a qualidade e o tempo de vida deles dependem totalmente de como você cuida da sua saúde bucal ao longo do tempo. Abaixo descobriremos que situações como traumas, excesso de contato com substâncias ácidas e a cárie são as principais culpadas dessa tragédia.

Para entender melhor tudo isso, vamos pensar no dente como algo realmente vivo que tem seu próprio funcionamento individual como qualquer outro sistema (nesse caso, os dentistas o chamam de sistema de canais radiculares).

Quando uma agressão chega ao “núcleo” do dente, que funciona como se fosse o coração, ela pode gerar mais do que uma inflamação, causando sua morte.

Mas o que pode causar essa agressão? Traumas (pancadas, quedas, boladas e etc) ou substâncias químicas que chegam à boca por ingestão alimentar ácida, por exemplo.

Porém, a principal causa desta morte é a contaminação do interior do dente pela cárie, que quando atinge o canal (o nervo que dá ao dente sua vida) cria um colapso interno e induz a morte deste tecido por agressões que acontecem continuadamente a partir deste momento.

Morreu, e agora?
Assim como acontece com os seres humanos, logo que o dente começar a “passar mal”, é preciso levá-lo ao seu especialista. Se a pessoa, ao início dos sintomas como dor pulsátil na região ou hipersensibilidade a quente, frio e doces, procurar um cirurgião-dentista, há chances de se recuperar esta “vida” com uma medicação que induz a formação de células novas e reparadoras.

Mas, uma vez morto, o dente necessita de um tratamento de canal, que consiste basicamente na limpeza e desinfecção para remover essas bactérias. Se esse tratamento não é feito, aumentam as chances das bactérias se espalharem pela boca, ossos e até algumas delas caírem na corrente sanguínea levando a infecção para outras partes do corpo.

Mau hálito, não diminuição da placa bacteriana, fragilidade nos dentes, pus e inchaço de rosto e gengiva são os principais problemas desse quadro. Não procurando um profissional especializado nesta área, a doença se agrava no local e daí em diante irá consumir cada vez mais a estrutura do dente, até que será necessária a extração.

Evite essa tragédia
O bom disso tudo é saber que evitar essa tragédia bucal é bem mais simples do que o problema em si. A manutenção é a melhor forma de prevenção. Uma escovação correta com a utilização diária de fio dental resolve, se não todos, a maioria dos problemas que possam ocorrer em um ambiente bucal. E a visita ao dentista a cada 6 meses como complemento a isso fará com que você nunca necessite passar por uma “morte de dente”.

fonte: Agência Beta

Dormir de boca aberta aumenta o risco de cárie

Todo mundo já sabe que respirar pela boca não é bom. E se você é um respirador bucal já deve ter percebido que quando você acorda sua boca costuma estar mais seca do que o normal. Com base nesse quadro, um estudo feito pela Universidade de Otago, na Nova Zelândia, revelou que dormir de boca aberta pode aumentar as suas chances de desenvolver erosão dental e cárie.

Para chegar a esse resultado, 10 voluntários se prontificaram a dormir com uma pinça no nariz, forçando-os a virar um respirador bucal por uma noite.

No dia seguinte foram feitas análises das condições bucais de todos os envolvidos no teste e os cientistas perceberam que a maioria daqueles que dormiram com a boca aberta acordaram com uma acidez bucal de 6,6, enquanto quem dormiu normalmente respirando pelo nariz apresentava um ph neutro de 7.

Para piorar, em alguns casos específicos, o ph medido foi de 3,6, índice muito abaixo do limite de 5,5, que é quando o esmalte começa a desmineralizar por causa da excessiva acidez do ambiente.

Isso tudo acontece porque ao respirar pela boca a mucosa resseca e o fluxo salivar, que já tem sua produção reduzida a noite, diminui ainda mais, deixando a boca “nas mãos” das bactérias que ao metabolizarem restos de alimentos liberam ácidos na boca. Assim, não só a cárie, mas também a erosão dental, a gengivite e o mau hálito acabam se tornando problemas corriqueiros nesse tipo de ambiente.

Função tampão
Uma das principais funções da saliva é a de tampão, capaz de neutralizar o ph bucal, especialmente junto à superfície dos dentes, protegendo-os dos desafios ácidos provocados pelas bactérias cariogênicas. Por isso que quando este ph fica alterado em respiradores bucais noturnos, eles ficam mais propensos à cárie dental.

Melhorias
Se você já se percebeu um respirador bucal e ficou preocupado com o resultado dessa pesquisa, saiba que existem algumas práticas que podem ser feitas para tentar minimizar os danos à sua saúde bucal.

Levantar a cabeceira da cama, dormir de lado e higienizar as narinas com soro fisiológico podem ajudar, assim como utilizar adesivos que ampliam a passagem de ar pelas narinas. Porém, muitas vezes faz-se necessária uma avaliação e um tratamento profissional para resolver o problema.

Otorrinos podem tratar condições como rinite alérgica, desvios de septo, hipertrofia de amígdalas e adenoides. Fonoaudiólogos podem estabelecer práticas de reequilíbrio miofuncional e dentistas podem realizar tratamentos ortodônticos e/ou cirurgias ortognáticas, além de estabelecer medidas preventivas e de estimulação salivar até que a respiração nasal seja estabelecida.

Outros problemas
Além dos problemas citados na pesquisa, respirar pela boca desde cedo pode trazer outro problemas para sua saúde.

A respiração bucal, durante a infância e adolescência altera o crescimento e o desenvolvimento normal da face e a oclusão dos dentes em função do desequilíbrio que ela provoca nas relações entre os tecidos muscular, ósseo e dental.

Algumas alterações estéticas e funcionais também podem ser observadas nos respiradores bucais, inclusive quadros de disfunção da ATM extremamente danosos para a qualidade de vida das pessoas.

Fonte: Agência Beta