O que é Bichectomia?

Não adiantar negar, a Bichectomia está virando uma febre entre as celebridades e cada vez mais pessoas estão querendo saber mais sobre essa nova técnica para diminuir as bochechas. Mas que benefícios realmente essa cirurgia da moda traz e o que ela não pode mudar? Aqui você vai encontrar tudo o que precisa sobre o assunto.

Antes, um pouco de história
A Bichectomia nada mais é do que uma cirurgia para remover o corpo adiposo da bochecha. Ela recebeu esse nome porque antigamente essa parte era chamada de corpo adiposo de Bichat, em homenagem ao anatomista Francês Marie François Xavier Bichat que, em 1801, sustentou que ela era uma estrutura adiposa e não uma glândula localizada na bochecha como muitos pensavam.

O principal objetivo da Bichectomia é a remoção deste tecido adiposo localizado na bochecha causando uma melhora do contorno facial, evidenciando a região da maçã do rosto em procedimentos cosméticos.

Uma coisa legal é que o corte por onde é feita a cirurgia fica dentro da boca, bem na parte superior das bochechas, perto dos dentes molares superiores, ou seja, ele não é perceptível externamente.

Para que serve esse tecido adiposo?
Removida de forma tão simples, qual é a real função dessa “gordurinha” retirada da bochecha?

Dentre suas principais funções podemos citar, impedir que as bochechas se colapsem durante o movimento de sucção, separar os músculos mastigatórios e desta forma melhorar a função motora durante a mastigação, proteger ramos de vasos e nervos da face e contribuir para o preenchimento e suporte da região bucal da face.

Mas se ela tem funções importantes, não é um problema retirá-la por questões estéticas? Por se tratar de uma abordagem cirúrgica na gordura que auxilia no revestimento de estruturas mole da face, ainda não existem trabalhos evidenciando o quanto estes tecidos podem se alterar durante o processo de envelhecimento fisiológico, como por exemplo, se podem trazer algum tipo de flacidez facial no futuro.

Quero fazer uma Bichectomia
Apesar do objetivo principal da Bichectomia ser eliminar essa gordurinha da bochecha, ela acaba sendo procurada para vários outros fins. Uns realmente são possíveis de serem atendidos com a cirurgia, outros não.

É comum ver pessoas querendo fazer a Bichectomia para diminuir bochechas gordas, rejuvenescer, harmonizar mais o rosto, diminuir a aparência grosseira da face e o queixo duplo, eliminar papadas (papo) e covinhas, e ficar com um rosto mais atraente e simétrico.
A Bichectomia realmente pode harmonizar e afinar o rosto (na região tratada), diminuir bochechas mais cheinhas, suavizar aparências mais grosseiras e até dar uma impressão de face mais jovem.

No entanto, a Bichectomia não elimina papadas nem covinhas. No caso do papo, existem outras técnicas cirúrgicas de abordagem exclusivamente da região submandibular. A covinha também não pode ser eliminada, pois esta gordura esta localizada em uma porção mais interna da bochecha, não alterando a musculatura da mímica facial.

O mesmo serve para questões envolvendo queixas de assimetria facial. Normalmente grandes assimetrias faciais não podem ser resolvidas com abordagens cirúrgicas diretamente nos tecidos moles da face, pois muitas assimetrias apresentam também envolvimento do tecido ósseo. O procedimento para a correção destas assimetrias é realizado através de técnicas de movimentação de segmentos dos ossos.Esta modalidade cirúrgica é chamada de cirurgia ortognática.

fonte: Agência Beta

Anestesia pega em região inflamada?

Por um acaso você já ouviu alguém dizer que anestesia na boca em um local já inflamado, não pega? Pois é, essa crença é mais comum do que se imagina, mas será que ela tem algum fundamento? Vamos entender essa história?

Primeiro, vamos entender com a anestesia funciona. Quando sentimos dor significa que algo não vai bem no nosso organismo. O local afetado que está emitindo esse sinal é ligado por nervos até o cérebro que capta todas as sensações do corpo e percebe o problema.

Quando o anestésico local é aplicado ele reage quimicamente na região da dor impedindo que esse sinal seja transmitido até o cérebro, ou seja, ele interrompe o mecanismo de transmissão, inibindo de forma reversível a condução dos nervos no organismo.

E na área inflamada?
Quando uma região está inflamada ela deixa o pH da boca muito baixo, ou seja, ácido. O pH ácido ioniza as moléculas do anestésico transformando-o, assim o medicamento deixa de ser e de agir como molécula. E para ser bem absorvido pelas células nervosas, o anestésico precisa estar na forma molecular, pois só assim ele vai conseguir bloquear a abertura dos canais de sódio impedindo que o sinal de dor seja transmitido.

Essa seria, inclusive, a explicação para ainda hoje alguns pacientes reclamarem de dor durante o tratamento de canal, por exemplo. Afinal, quando a pessoa chega ao ponto de precisar desse procedimento é porque essa região da boca já está bastante comprometida.

Alternativa
Mas calma, nem tudo está perdido, existe uma alternativa para esse problema. Podemos usar uma técnica chamada troncular que consiste em colocar o anestésico no tronco nervoso, uma região que está distante da região inflamada, para que o anestésico tenha o efeito de eliminar a dor.

O profissional pode ainda optar por usar calmantes durante alguns procedimentos mais doloridos, afinal, nervosismo e ansiedade são fatores que podem agravar a percepção de dor.

Outras falhas
Mas não são só nesses casos que a anestesia pode “falhar”. As diferenças anatômicas entre as pessoas já causaram muita dor de cabeça para profissionais e pacientes.

Nem todas as pessoas tem a mesma anatomia, aliás, variações anatômicas acontecem com certa frequência. Essas diferenças resultam em nervos afastados da região prevista (mesmo que seja apenas alguns milímetros) podendo prejudicar o efeito anestésico, principalmente nas anestesias tronculares.

Existem também pessoas que são mais tolerantes à algumas medicações do que outras. Todo nervo tem uma camada externa chamada de Bainha de Mielina, que protege os nervos. Quando essa bainha é muito espessa, a anestesia pode falhar.

fonte: Agência Beta