A verdadeira razão pela qual rimos

Rir é algo um tanto esquisito – e que fazemos muito. Um estudo mostrou que, a cada dez minutos de conversa, uma pessoa ri sete vezes. E não rimos quando achamos que rimos. Se você perguntar às pessoas o que as faz rir, elas falarão de piadas e humor, mas a verdade é que rimos com mais frequência quando estamos com outras pessoas – e quase nunca das tais piadas. A risada é uma emoção social – a usamos para manter laços. Também emitimos uma série de sons estranhos quando rimos, e todos indicam que o músculo do peito está fazendo pressão na caixa torácica para que o ar saia.

Se você pensar bem, rir parece um pouco estranho, mas todos o fazemos. Trata-se também de uma forma bem primitiva de produzir um som.

Imagens de ressonância magnética mostram que, quando alguém ri, não existe movimento real da língua, mandíbula, palato ou lábios. Toda a ação ocorre na caixa torácica. A risada é uma expressão emocional não verbal, e esses sons normalmente são produzidos quando estamos prestes a experimentar emoções fortes. São mais próximos de chamados entre animais do que de nossa fala normal.

As expressões faciais são parecidas entre algumas espécies. Nós produzimos esses sons de formas bem simples (ao contrário da fala), e eles são controlados por um sistema cerebral “mais antigo” em termos de evolução, responsável pela vocalização em todos os mamíferos (ao contrário da fala). Por isso, um derrame pode afetar a habilidade de falar, mas preservar sua capacidade de rir e chorar. O dano terá sido nas áreas que viabilizam a fala, mas o sistema emocional mais antigo está intacto.

Por estarem presentes em todos os grupos humanos e em outros mamíferos, essas expressões não verbais são frequentemente associadas a expressões de emoções consideradas mais básicas. Isso explica por que algumas emoções são bem similares entre espécies – pense na semelhança entre os rostos de um humano e um lobo com raiva. As pessoas reconhecem uma risada mesmo quando ela é produzida por alguém de uma cultura bastante diferente. Pesquisadores foram à Namíbia várias vezes para trabalhar com o povo Himba e o único som positivo em inglês que eles reconheceram (e vice-versa) foi a risada.

A risada é um ponto em comum entre diferentes grupos e culturas. Claro, não somos os únicos animais a rir. A risada já foi observada em primatas, como gorilas, chimpanzés e orangotangos, e até mesmo ratos. Então, é ao menos possível que haja mais risos espalhados por aí no reino animal. E é intrigante que, sempre que há risada, sua origem esteja em brincadeiras, dos humanos aos ratos. Todos os mamíferos brincam quando são jovens e, alguns, como humanos, cachorros, lontras e ratos, brincam por toda a vida. Talvez rir tenha evoluído para se tornar um importante símbolo de brincadeira, um sinal de que estamos nos divertindo – e de que ninguém ficará machucado, não é nada sério.

Há inclusive uma teoria sobre o que acontece com a comédia: as pessoas usam a comunicação de uma forma divertida, e é por isso que rimos. Talvez as raízes de todas as risadas estejam nas interações sociais.

Fonte: BBC

A restauração ficou alta? Volte ao dentista!

Restauração dentária nada mais é do que fazer uma reconstrução do dente com resina ou amálgama. Normalmente esse trabalho fica perfeito e o paciente vai para a casa com seus problemas resolvidos. No entanto, há a possibilidade de ela ficar alta demais. E o que essa matéria pretende te contar é que se isso aconteceu com você, é melhor remarcar uma consulta.

A verdade é que uma restauração não pode ficar alta nem baixa, ela precisa ficar na altura certa. Mas por que essa desigualdade pode acontecer? Isso acontece quando o profissional não tem referência da anatomia original daquele dente e se baseia nos conhecimentos que tem sobre anatomia dentária em geral para recriar o desenho do dente a ser restaurado.

Não é um erro de cálculo, mas se o dentista observa bem as características dos dentes equivalentes e dos antagonistas e tem conhecimento sobre anatomia dentária e uma boa técnica restauradora, os ajustes tendem a ser mínimos.

Volte ao dentista
Normalmente quando esse problema acontece dá para perceber ainda na consulta quando o paciente fecha a boca e sente os dentes se encostando. Mas às vezes, por estar deitado na cadeira do dentista com a mordida em uma posição um pouco diferente de quando está em pé, essa diferença não é percebida na hora.

Nessa hora pensamentos como: “deixa quieto, com o tempo ela desgasta” podem causar ainda mais problemas. É importante comunicar ao dentista e retornar para novo ajuste. Se a restauração de fato estiver mais alta, mesmo que depois um ou dois dias isso já não seja tão perceptível ou incômodo, passa a existir o risco de trauma dentário e quebra da restauração, entre outros possíveis prejuízos.

Um trauma dentário pode acontecer porque como o dente em questão está mais alto, ele será o primeiro a receber toda a carga da arcada e ficará sobrecarregado. Pense em um grupo de pessoas carregando acima da cabeça algo bem pesado. O mais alto sofrerá mais com essa situação, não?

Se a restauração fica alta, dente e restauração trabalham com sobrecarga, o que pode danificar a restauração, traumatizar o dente e sua estrutura de suporte, deixando o dente dolorido ou até com mobilidade, ou ainda levar a alguma alteração em nível de musculatura e articulação temporomandibular.

Fácil de resolver 

Apesar dos transtornos serem severos, resolver esse problema é mais fácil do que parece. O dentista pode resolver isso conferindo os contatos dentários logo após a conclusão das restaurações e periodicamente nas revisões clínicas dos pacientes, buscando eliminar os eventuais contatos traumáticos e deixando as arcadas dentárias numa situação que chamamos de equilíbrio oclusal: contatos dentários equilibrados em diferentes posições, estáticas e dinâmica. Uma forma de fazer essa conferência ainda na consulta é realizando a verificação dos contatos através de marcações com carbono odontológico diretamente sobre o dente recém-restaurado.

Fonte: Agência Beta