Férias sem dor de dente: antes de viajar, marque seu exame!

Fim de ano é sinal de que as férias estão aí. Porém, antes de viajar é importante checar se a saúde bucal está em ordem. Afinal, seria extremamente desagradável passar os dias de diversão sofrendo com dor de dente ou problemas na gengiva.

Nessa avaliação o profissional precisa checar principalmente cáries profundas por meio de radiografias e exame clínico. O motivo é evitar inflamações no canal do dente cariado, o que causaria uma inflamação e consequentemente dor, atrapalhando a viagem do paciente.

Além da cárie, é importante que o dentista olhe cada item que compõe a boca para que um problema não passe despercebido. As gengivas também devem estar saudáveis, ou seja, sem inflamações agudas ou crônicas e sem tártaro, a mucosa bucal e a língua não podem estar com lesões e a saliva deve estar com seu fluxo normal.

Se durante o check up algum problema for percebido, a colaboração do dentista e do paciente têm que funcionar para que o tratamento seja finalizado antes da viagem. Por isso, enquanto o profissional trata de uma cárie ou de uma gengivite, por exemplo, combatendo inflamações, fazendo restaurações ou removendo o tártaro, o paciente deve fazer sua parte em casa.

Ele deve ter uma higiene mais rigorosa para que as inflamações regridam com mais rapidez, usando também bochechos bucais. E, para que os problemas não voltem, os cuidados não podem parar durante a viagem, por isso, escova, pasta e fio dental são itens fundamentais na mala de qualquer viajante.

Porém, mais importante que remediar a tempo um problema, é preveni-lo. Para evitar transtornos de última hora e correria na hora de fazer um tratamento, o melhor é frequentar o dentista regularmente. Dessa forma, o paciente fica livre de dores no dente ou inflamações na gengiva em qualquer época do ano.

Falando nisso, é bom redobrar os cuidados com a higiene bucal nas festas de fim de ano, uma vez que essa época é conhecida pela fartura de comida. Carnes, doces, chocolates, farofa, vinho. Vale se esbaldar, mas sem esquecer de reforçar o uso do fio dental e intensificar a escovação depois das refeições. Assim dá para garantir as comemorações e as férias sem problemas na boca.

Fonte: TERRA

Doentes mentais eram “tratados” com extrações dentárias

Print do livro “The Defective ans Insane” escrito pelo Dr. Henry Cotton em 1921

Recentemente, o seriado “The Knick“, exibido pela TV a cabo HBO no Brasil, mostrou partes chocantes da história da medicina. O seriado se baseia em acontecimentos reais e se passa no início do século XX. Acreditem: extrair todos os dentes era procedimento padrão realizado em pacientes diagnosticados com doenças mentais.

O Dr. Henry Cotton ficou conhecido por realizar esse tipo de procedimento quando se tornou diretor médico do Hospital Estadual de Trenton, em Nova Jersey. Cotton foi aluno do renomado médico Dr. Adolf Meyer, professor na Escola de Medicina John Hopkins. Na época, doenças mentais não eram entendidas como hoje e a medicina era basicamente experimental.

Meyers viajou na seguinte ideia: se pacientes com febre alta começam a apresentar sintomas comportamentais como alucinações, é possível que infecções (conceito extremamente novo na medicina da época) sejam a causa dos mais variados problemas mentais. Isso quer dizer que se fosse internado nesta clínica em Nova Jersey com sintomas de alguma doença mental, todos seus dentes seriam arrancados. E não pararia por aí.

Cotton acreditava que os dentes eram focos de infecção que liberavam “toxinas” que podiam envenenar o cérebro levando às doenças mentais. Tudo isso sem a mínima comprovação científica que conhecemos hoje. Puro chute e observação. Se o paciente não melhorasse (como acontecia na maioria das vezes), Cotton prosseguia com remoção das amígdalas, adenóide, baço, cólon, estômago, esperando pela cura da doença. Bacteriologia cirúrgica ou Terapia da Infecção Focal era o nome dado aos procedimentos que removiam órgãos passíveis de causar doença mental por “poluição” do cérebro. Isso tudo antes da descoberta dos antibióticos. A taxa de mortalidade de seus pacientes era altíssima.

O médico era tão fiel às suas convicções que mandou extrair todos os dentes de sua esposa e dos seus dois filhos para evitar que eles tivessem doenças mentais. Parece que cerca de 11.000 dentes foram extraídos pela equipe do Dr. Cotton durante sua permanência como diretor do Hospital, de 1907 a 1930. O próprio médico mandou tirar alguns de seus dentes, quando achou que poderia estar tendo problemas psiquiátricos.