Estudos mostram que gargalhadas diminuem a dor

Muitas pesquisas já mostraram que sorrir faz bem à saúde. O riso estimula a produção de endorfina, hormônio ligado à sensação de bem-estar. “Além disso, o efeito que a risada proporciona ao corpo faz com que aconteça um relaxamento nos vasos sanguíneos, melhorando a circulação e a pressão arterial”, diz a psicoterapeuta, Miriam Barros.

No entanto, o que pesquisadores da Grã-Bretanha constataram foi que a risada também pode agir como analgésico. O experimento mediu a reação dos participantes à dor, colocando uma sacola de gelo sobre o braço por quanto tempo aguentassem.

Divididos em dois grupos, um assistiu a um vídeo de comédia de 15 minutos, e o outro assistiu a um programa entediante. Submetidos novamente ao teste do gelo, os que tinham dado gargalhadas foram capazes de suportar até 10% mais do que antes. Já o outro grupo ficou menos resistentes.

É importante enfatizar, que, segundo a pesquisa, o efeito só acontece com uma boa gargalhada, nada de riso contido. Para o coordenador do estudo, professor Robin Dunbar, o esvaziamento dos pulmões que causa o efeito analgésico, pois é quando o corpo libera a endorfina.

Para o psicólogo clínico comportamental, Florival Scheroki, é possível aprender a dar risada. “É preciso saber usar autenticamente o seu sorriso, saber ler o sorriso dos outros, sentir desejo de sorrir, aprender a sorrir”. Para finalizar, Florival dá uma dica para quem pretende rir mais: “conviva com pessoas que sorriem bastante; a tendência é passar a sorrir”

Fonte: Terra

Estresse do trabalho causa afta, gengivite e bruxismo

Um dia ruim todos têm, mas quem é estressado pode prejudicar a saúde. O estresse é a resposta psicológica e hormonal para situações que demandam adaptação extrema. Hoje em dia, isso ocorre com pressões do trabalho, falta de tempo, problemas que também fazem o corpo liberar hormônios como hidrocortisona e cortisol, além de produzir um alto nível de adrenalina.

A consequência do acúmulo dessas substâncias são o efeito pró-inflamatório, que, aliado aos maus hábitos de higiene bucal, tornam o ambiente propício para o aparecimento da doença periodontal e aftas. Os maus hábitos que a pessoa estressada tende a adquirir ou aumentar, como o consumo de álcool, tabaco e negligência da higiene oral, também é um prato cheio para a cárie e halitose.

Porém o estresse não é desculpa para atitudes insalubres. “A pessoa estressada negligencia o que não é hábito para ela, quem já é consciente sobre a boa higiene bucal, ao passar por um período de estresse, tende a não negligenciar a saúde oral”, explica o cirurgião-dentista Giuseppe Romito, professor da Faculdade de Odontologia da USP.

Lesões no trabalho

Erosão dentária, alteração de cor dos dentes (escurecimento), gengivite e estomatite são doenças relacionadas ao trabalho, segundo o Ministério da Saúde. O principal fator de risco para essas doenças é a exposição prolongada a agentes químicos no ambiente ocupacional.

Uma pesquisa da Faculdade de Odontologia da USP, realizada no Centro Estadual e Regional de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) de Guarulhos, entrevistou 100 participantes –46% expostos e 58% não expostos a resíduos químicos.

A conclusão foi que a exposição a névoas ácidas é um fator que contribui para o desenvolvimento de lesões na boca, assim como o avanço da idade. Dessa forma, este estudo sugere a inclusão de exames odontológicos periódicos aos trabalhadores, além de ações de saúde bucal na Sipat (Semana Interna de Prevenções a Acidentes do Trabalho).

“Às vezes o trabalhador almoça e não tem um ambiente apropriado para escovar os dentes no local de trabalho. É fundamental que haja uma conscientização sobre a importância da boa higiene, tanto por parte do trabalhador quanto da empresa”, diz Rafael Aiello Bomfim, autor da pesquisa.