Rinite tem cura?

Caracterizada principalmente pela irritação do nariz e dos olhos, a rinite alérgica é a capacidade da pessoa de tornar-se sensível a um determinado fator ambiental, ou seja, quando o corpo da pessoa passa a identificar certos agentes como nocivos ao corpo, mesmo que algum dia eles tenham sido tolerados. E essa característica é herdada dos pais: a chance de uma criança cujos pais são alérgicos apresentar alguma manifestação é de 50%. Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ABAI), cerca de 10 a 25% da população sofre de rinite alérgica, que se manifesta, principalmente em épocas mais frias, com o tempo seco.

Toda rinite é alérgica?

Existem diversas formas de manifestação na doença. A palavra rinite quer dizer apenas inflamação das narinas, as causas é que definem a rinite como alérgica – no caso, pessoas que possuem um fator desencadeante constante de uma crise possuem a rinite alérgica. Outras formas são as rinites por infecções virais – como no resfriado e gripe -, por infecção bacteriana ou por ação de uso abusivo de medicações descongestionantes nasais.

Quais são as principais causas da rinite alérgica?

A doença é causada por uma reação exagerada do nosso sistema imune a fatores habituais do ambiente. Os principais causadores de alergia no Brasil são poeira doméstica, ácaros, fungos e pelos de animais. Para ter uma rinite, basta que a pessoa apresente uma tendência genética ou familiar, oportunidade de contato com os alérgenos e que esses alérgenos sejam bons sensibilizantes.

Antialérgicos são os melhores tratamentos para rinite?

Os anti-histamínicos, popularmente chamados de antialérgicos, são os medicamentos usados para tratar os sintomas das crises de rinite, mas não são eficazes para o tratamento constante. Porém, o tratamento obrigatoriamente envolve outros procedimentos, como medicamentos preventivos de uso local no nariz ou por via sistêmica, além de controle ambiental rigoroso para diminuir o contato com os inalantes causadores. Lavagem nasal, uso de umidificadores, limpeza constante das roupas de cama, banho e dos tapetes e cortinas, além de boa ventilação nos ambientes são outras formas de evitar as crises de rinite.

Ela só se manifesta na infância?

Apesar de ser mais comum na infância, a rinite pode se manifestar em qualquer fase da vida. A capacidade do paciente se sensibilizar a determinado alérgeno (agente desencadeante das crises) existe durante toda a vida. Tornar-se sensível é passar a ter uma resposta de defesa a substâncias que antes a pessoa tolerava. Portanto, no decorrer da vida o paciente pode manifestar sintomas alérgicos a qualquer agente, mesmo que antes ele não tenha apresentado qualquer sintoma.

O único sintoma de rinite é o nariz irritado?

Não. A rinite tem quatro sintomas básicos: nariz escorrendo, obstrução nasal, coceira no nariz e nos olhos, além de espirros. Bastam dois desses sintomas para se ter as condições mínimas de um diagnóstico de rinite. Além desses sintomas, há outras complicações, como faringite, laringite, sinusite, otite, perda do olfato e paladar. É importante lembrar que tais sintomas são desencadeados instantes após a exposição ao alérgeno.

Existe rinite sazonal?

Sim, ela é mais comum no hemisfério norte e tem a característica de aparecer de modo repetido em certas épocas do ano. Ela ocorre no geral em decorrência do aumento do pólen e gramíneas na atmosfera, tendo uma baixa prevalência no Brasil, comumente na região Sul. O especialista explica que no restante do país o inverno é a estação que mais agrava a rinite, se expressando quase que como uma rinite sazonal. Mas o tipo clássico da condição está mais ligado aos fatores ambientais como polinização.

Odores fortes são causadores de rinite?

O cheiro forte em si não é um causador de rinite, mas é considerado um agente desencadeante da crise. Uma vez em crise ou sensibilizado, o paciente reage também a fatores como poluição aérea, cheiros fortes, pós, fumaças ou perfumes. Esses são chamados de irritantes primários.

A pessoa pode ficar sensível a outros agentes com o passar do tempo?

Os especialistas afirmam que as causas da rinite não se alteram, mas que irritantes primários podem mudar conforme os hábitos, moradia e outros aspectos da vida da pessoal. Um exemplo é uma pessoa que não convivia diretamente com produtos de limpeza e após começar a lidar com esses agentes com mais frequência manifestam uma irritação.

Mudanças bruscas na temperatura ou chuvas podem desencadear uma rinite?

Mudanças climáticas afetam muito o nariz, porque esse órgão é o nosso filtro com o ambiente, e qualquer alteração pode desencadear uma resposta da mucosa nasal, que entende aquilo como uma ameaça. Quando o tempo muda, também se alteram as condições ambientais como umidade, presença de ácaros e choques térmicos, todas passíveis de causar uma irritação nas mucosas do nariz”, explica o otorrinolaringologista Diderot. Além disso, as pessoas tiram roupas guardadas após muito tempo para usar e passam mais tempo em ambientes fechados, fatores também conhecidos por agravar as crises de rinite.

Rinite tem cura?

Quando se trata de rinite medicamentosa e irritativa, pode-se dizer que elas têm cura: basta remover o fator que esteja causando esses tipos de rinite. Já a rinite alérgica não tem cura, mas apresenta controle através do tratamento. O protocolo do tratamento é baseado em quatro pontos: controle ambiental para reduzir o contato com os alérgenos, medicação profilática (corticoides, tópicos nasais e higiene nasal com soro fisiológico), medicação de crises (anti-histamínicos) e imunoterapia (vacinas). Tratam-se também as complicações como sinusites, faringites e otites. Os recursos disponíveis hoje permitem reduzir praticamente a zero esse desconforto. A asma costuma cursar junto com a rinite, sendo necessário avaliar e tratar condições pulmonares intercorrentes, já que as vias aéreas são únicas e interligadas. O que afeta o nariz, afeta o pulmão de uma forma ou de outra.

Quem inventou o chiclete?

1. Os pesquisadores se dividem sobre quem seriam os criadores da goma. Boa parte deles acredita que o chiclete surgiu por volta do ano de 9 000 a.C., na região da Mesopotâmia, onde foram encontrados resíduos de chicle feito de resina de bétula em dentes humanos. Outros defendem que os “pais” do chiclete seriam os povos antigos que viviam na América, antes mesmo da colonização europeia.

2. Os Maias, que viveram entre 1000 a.C e 900 d.C., mascavam resinas extraídas da árvore de Yucatán para refrescar o hálito.

3. Acredita-se que essa resina era chamada pelos Maias de “Tchi-Clé” (“Tchi” significaria “boca” e “Clé”, movimento). A palavra foi adaptada pelos colonizadores espanhóis.

4. Já os Astecas, que viveram entre os séculos XIV e XVI, faziam gomas de mascar a partir do látex do sapotizeiro – árvore que dá o sapoti – que produzia uma resina a qual os nativos davam o nome de chicle. Eles a utilizavam para ajudar na produção de saliva durante as caminhadas.

5. A guloseima como conhecemos hoje foi criada em 1872, pelo inventor norte-americano Thomas Adams. Depois de ver uma menina pedir um pedaço de parafina para mascar, ele inventou uma goma com as sobras de resina do Sapotizeiro. O sucesso de sua criação foi tão grande que logo Adams sofisticou a goma, que foi chamada de “Adams New York nº 1”.

6. Nas décadas seguintes ele precisou abrir várias fábricas para atender à grande demanda dos consumidores dos EUA.

7. Em 1880, um vendedor de pipocas de Cleveland, nos EUA, chamado Willian J. White, deu sabor à goma, e chamou seu produto de “Yucatan”. Já o chiclete de bola teve origem nas mãos de Frank H. Fleer, já no século XX. Ele chamou sua criação pelo sugestivo nome de Blibber-Blubbler.

8. Durante a Segunda Guerra Mundial, o produto passou a ser comercializado com o intuito de aliviar o estresse dos civis e dos soldados dos EUA. Foi no período pós-guerra que as vendas do chiclete dispararam.

9. Depois do fim da Grande Guerra as resinas naturais foram substituídas por substâncias sintetizadas a partir do refino do petróleo, por causa do custo de fabricação.

10. A partir da década de 1960 surgiram os primeiros chicletes sem açúcar.

Fontes: ABICAB – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados, Arcor e Mundo Estranho.

Dúvidas sobre o clareamento dental

Como funciona o clareamento dental feito no dentista?

Atualmente, podemos utilizar 2 substâncias: Peróxido de Carbamida ou Peróxido de Hidrogênio. A substância escolhida é aplicada sobre o esmalte dental. As gengivas e os tecidos moles devem ser protegidos por causa da alta concentração das substâncias usadas nos consultórios. Elas liberam moléculas de oxigênio. Essas moléculas de oxigênio viajam pelos micro túbulos do esmalte dental levando as partículas de sujeira para fora, clareando os dentes. Não é apenas superficial como as pastas clareadoras fazem.

Qual a diferença entre o clareamento feito no consultório e o caseiro com moldeiras, supervisionado pelo dentista?

A principal diferença é a concentração das substâncias clareadoras. As bisnagas que os pacientes levam para casa tem concentração menor, por isso demandam mais aplicações ou mais tempo. Funcionam igual, porém demoram mais para agir. No consultório usamos substâncias mais concentradas que necessitam de manuseio profissional. Alguns dentistas aliam as duas técnicas. Fazem uma ou duas sessões no consultório e depois aplicam a moldeira por mais algum tempo. Tudo isso vai depender de cada caso.

Para que serve o tal do Laser, então?

Alguns aparelhos nos auxiliam no clareamento. O Laser age como catalisador, acelerando a reação química dos peróxidos. Isso diminue o tempo de trabalho fazendo com que o dentista possa oferecer o clareamento em uma sessão apenas, sem deixar você horas com a boca aberta. Já existem produtos no mercado que funcionam bem sem precisar da luz para acelerar a reação. Aparelhos mais completos tem laser de baixa potência embutidos, junto com a luz azul do LED. Esse Laser é invisível ao olho nu e ajuda na diminuição da sensibilidade dentinária às substâncias clareadoras.

Todo clareamento vai dar sensibilidade?

Não. Sempre existe chance de sensibilidade. Se você tiver alguns dentes com retrações de gengiva, por exemplo, é bom que a substância clareadora não encoste na dentina exposta. Dá para você, paciente, ter controle disso? Mais um motivo para sempre procurar um dentista para fazer o seu clareamento e não ficar se aventurando com pastas, produtos e bochechos ditos milagrosos.

Clareamento tem garantia? Tem validade?

Depende. Como que o seu dentista vai dar garantia se ele não tem controle sobre o que você coloca na boca? Se você é fumante, seu clareamento não vai durar quase nada. Você pode evitar alimentos com corantes, refrigerantes, chá preto, consumo excessivo de café e etc. Evitar não significa deixar de consumir. Fazendo uma boa higiene oral, você aumenta o tempo do seu clareamento.

Qualquer dente pode ser clareado? E se eu tiver próteses ou restaurações?

Geralmente, qualquer dente pode ser clareado da maneira que estamos falando. Há exceções. Dentes amarelados por trauma, por problemas na formação dental ou por manchas causadas por antibióticos na infância ficam mais difíceis de resolver. Aí podemos lançar mão de técnicas de clareamento interno. Restaurações e próteses não mudam de cor com clareamento. Nesses casos, é de bom tom avaliar a necessidade de troca de restaurações ou próteses.

Afinal, para que servem essas pastas e bochechos que prometem clarear seus dentes?

Eles podem servir como manutenção de clareamentos feitos no dentista. Eles podem fazer o clareamento durar mais tempo. Podem remover manchas externas dos dentes. Nunca vão substituir o clareamento feito pelo dentista.