Tamiflu: os riscos do uso da medicação contra a gripe H1N1 sem necessidade


A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo alertou a importância de uma prescrição criteriosa do medicamento Tamiflu (Oseltamivir). A droga, que é um dos únicos capazes de atuar contra o vírus influenza, causador de gripes como o H1N1, não deve ser usada sem indicação.

“É importante que os municípios reforcem as orientações para os seus profissionais de saúde sobre os protocolos que devem ser seguidos para receituário do Tamiflu, que não é um antigripal, mas sim um medicamento para tratamento específico para casos graves ou com real probabilidade de evoluírem para quadros mais sérios”, afirmou o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.

O medicamento, além de ser usado no tratamento da gripe H1N1, só deve ser prescrito para pacientes com quadros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no geral, ou que apresentem Síndrome Gripal (SG) e sejam considerados grupos de risco, como gestantes, idosos, crianças menores de 5 anos, portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos, puérperas e população indígena – pacientes com SG que não se encaixem nos grupos de risco devem ser orientados a retornar ao serviço de saúde em caso de piora do quadro clínico, quando deverão passar por reavaliação.

O comunicado ressaltou que o uso com prescrição sem critérios do medicamento pode induzir à resistência do vírus, ou seja, o influenza pode se modificar e passar a ser mais resistente aos efeitos do Tamiflu. Também foi destacado que cerca de 90% dos casos de gripe evoluem para a cura espontânea, ou seja, sem medicamentos.

Além disso, o uso indiscriminado do Tamiflu leva ao desabastecimento acelerado do medicamento nas unidades de saúde, o que pode ocasionar que pacientes com a real necessidade de uso fiquem sem a droga, gerando assim um agravamento dos casos. Por isso, nada de pedir a medicação emprestada para outras pessoas, e vice-versa. Se o seu filho tomou a medicação e sobrou, jamais ofereça a ele novamente sem indicação médica.

Fonte: CRESCER