Como incentivar seus filhos a escovar os dentes?

Ensinar as crianças como escovar os dentes exige paciência e muita criatividade, mas por mais trabalhosa que a tarefa se revele, você precisa insistir nela. À partir dos dois anos, são criados os costumes que vão perdurar por toda a vida, os pais não podem se deixar vencer por uma birra ou uma crise de choro. Abaixo listamos algumas dicas para estimular seus filhos a escovar os dentes:

1. O exemplo dos pais 

Um dos passos mais importantes para estimular as crianças a escovar os dentes é o próprio exemplo dos pais. É muito mais fácil para a criança entender que a escovação faz parte dos hábitos saudáveis quando ela cresce em um ambiente em que a família, logo após as refeições, escova os dentes, usa o fio dental e higieniza a língua. Afinal, porque ela precisa passar a fita dental se o papai e a mamãe não usam? Os pais são um espelho para os filhos na maioria das situações, dê exemplo.

2. Um momento família

Como as crianças copiam a postura dos adultos, fazer da escovação um momento divertido pode funcionar muito bem. Os pais escovam os dentes junto dos filhos, ao sair da cama e antes de se deitar. Vale a criança escovar os dentes dos pais e vice-versa, o importante é demonstrar prazer pela escovação. Nessa hora, os pais devem aproveitar para checar se a criança está escovando os dentes de forma correta e fazer correções quanto a força (a gengiva infantil é muito sensível e pede movimentos delicados para não sangrar) e sentido dos movimentos da escova (circulares ao fundo e sobe-desce nos dentes da frente).

3. O ambiente adequado

Você já colocou seu filho de pé sobre o vaso sanitário para ele alcançar a pia do banheiro? Se fez isso, melhor não repetir. É fundamental criar um ambiente seguro para a escovação infantil. Devemos oferecer condições adequadas: em vez de colocar o seu filho em cima do vaso sanitário, ofereça um banquinho firme. Outra opção é usar um copinho com água para a criança poder enxaguar a boca em vez de se esticar na pia para alcançar torneira.

4. De igual para igual

Os pais precisam ser firmes com as crianças, mas isso não significa irritação ou voz alta. Se for o caso, abaixe para conversar na mesma altura dele. É preciso explicar de forma carinhosa aos filhos que eles necessitam escovar os dentes e comentar os benefícios imediatos da higienização (gostinho bom na boca e dentes mais brancos) sem deixar de mencionar a prevenção às cáries.

5. Incentive oferecendo atenção

Participe das atividades que o seu filho tem prazer. Uma boa tática também é incentivar as crianças com mecanismos de compensação, como prometer brincar com ela, contar uma história ou ouvir uma música depois de escovar os dentes. A disposição calorosa e firme mostra que a tarefa é importante para vocês todos e estimula a criança a cooperar. Só não vale deixar para cumprir a promessa mais tarde ou seu filho pode perder a confiança no que você diz.

6. Nunca ameace ou crie medos

Assustar as crianças não é uma boa saída, ela pode criar traumas que irão atrapalhar para a saúde bucal dela. O monstro das cáries é uma brincadeira de péssimo gosto. Além do fantasma do bichinho das cáries, muitos pais usam o dentista como uma figura má que tem um motorzinho capaz de torturar crianças desobedientes. Falar para a criança que vai levá-la ao dentista para tomar injeção é um erro, a cadeira de dentista é para tratar os dentes e deixar o sorriso mais saudável, e não um local de tortura.

7. Consultar um profissional

Vá ao dentista com o seu filho e sente-se na cadeira com naturalidade, isso ajuda a combater qualquer tipo de medo. Se possível, leve seu filho a um consultório odontológico infantil. Normalmente, eles são adaptados com um cenário agradável para a criança, colorido, com pia pequenininha, espelho e vários brinquedos educativos. Na consulta, aproveite para tirar dúvidas e aprender como fazer e monitorar a limpeza bucal infantil. No consultório, os odontopediatras ensinam as crianças a escovarem os dentes em frente ao espelho.

8. Fazer da rotina um ritual

Criar um ritual para o hábito de escovar os dentes é excelente. Existem pais que compram até fantasias para incentivar as crianças a ter prazer pelo momento da escovação, uma espécie de “operação contra as cáries”, quando personagens entram em ação para fazer a limpeza bucal. A brincadeira pode ir muito além, com alguns artifícios como escovas de dente coloridas, que piscam ou apresentam desenho de personagens. A música e os livros de historinhas específicos sobre saúde bucal também são grandes aliados.

População mundial consome o dobro da quantidade recomendada de sal

Setenta e cinco por cento da população mundial consome o dobro da quantidade de sódio (sal) recomendada pela Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês), de acordo com o relatório apresentado no encontro da entidade. A ingestão global de sódio, de comidas prontas, sal de mesa e molho de soja chegou à média de 4g por dia em 2010 — a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda menos de 2g por dia, e a AHA, menos de 1,5g por dia. De 187 países, 181, representando 99% da população mundial, consomem mais sal que o recomendado pela OMS; e 119 países, ou 88% da população mundial, superam a ingestão de 1g por dia. Todos os países, com exceção do Quênia, excedem a recomendação da AHA de 1,5g de sódio por dia. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo; o excesso de sal aumenta a pressão arterial, que é o maior fator para o desenvolvimento das doenças do coração.

Chupar dedo pode causar sérios problemas na dentição

Chupar o dedo é ao mesmo tempo comum e normal na infância. Na verdade, isso é comumente visto em bebês quando eles ainda estão no útero. O hábito de chupar o dedo está associado a momentos de ternura e segurança. Além disso, a estimulação por via oral é semelhante à do receptor de leite. Portanto, ao longo do tempo torna-se um hábito simples e reconfortante. É muito bom saber que a maioria das crianças supera o hábito até os 5 anos. No entanto, se o hábito de sucção perdura por mais tempo, torna-se um problema real.

Sabemos que, se o hábito parar antes de os dentes permanentes começarem a entrar em erupção, por volta dos seis anos de idade, não há danos a longo prazo para os dentes. No entanto, se o hábito persiste até os seis ou sete anos, há repercussões sérias que podem afetar o desenvolvimento dos dentes, ossos da maxila, e alterar o desenvolvimento normal da fala.

É também importante notar que em alguns casos, a sucção do polegar pode ter graves impactos na sua dentição decídua (de leite) e, por conseguinte, exigir uma intervenção mais precoce. Isto pode ser determinado pelo seu odontopediatra ou clínico geral e resultará em um encaminhamento precoce ao ortodontista. Este é um exemplo da importância do acompanhamento precoce da criança no dentista.

Os dentes podem projetar-se para frente, deixando seu filho bicudo. A arcada superior, por conta da pressão do dedo durante a sucção, torna-se estreita, o que posteriormente originará uma mordida cruzada. Os dentes superiores e inferiores perdem o contato na região anterior, originando uma mordida aberta. Por conta dessa mordida aberta, começa a aparecer também uma interposição da língua ao engolir, mastigar e falar. Além disso, o crescimento da maxila e da mandíbula são alterados. A maxila tem seu crescimento estimulado e a mandíbula, por sua vez, é afetada tendo seu crescimento restringido e isso pode resultar em um alongamento da face da criança.

É importante lembrar que durante os primeiros anos, a sucção do polegar é natural, normal e proporciona uma fonte necessária de segurança frente ao seu novo mundo que muda rapidamente. No entanto, se o hábito persiste em anos escolares, pode causar problemas que poderiam ter sido evitados pela supressão no momento certo.