Má higiene bucal tem ligação com câncer, ataques cardíacos e problema nos rins.

Comunidades bacterianas anormais na cavidade oral foram relacionadas a doenças hepáticas, insuficiência renal, cânceres, doenças cardíacas e hipertensão.

A cavidade oral é a porta de entrada para o trato gastrointestinal e o resto do corpo.

Esses micróbios são encontrados por toda a boca: nos dentes, gengivas, língua, palato e saliva. Geralmente, eles permanecem estáveis durante toda a nossa vida, mas se o equilíbrio na comunidade bacteriana for perturbado, bactérias prejudiciais podem se tornar dominantes. Isso pode levar a sangramento nas gengivas e doenças bucais como gengivite e periodontite.

Mudanças no pH (acidez ou alcalinidade), temperatura e oxigênio na cavidade oral são conhecidas por causar um crescimento anormal de grupos de bactérias que normalmente são inofensivos. Quando eles se tornam dominantes, podem causar doenças.

Essa perturbação na biota oral causa inflamação e o desenvolvimento lento de periodontite, sangramento nas gengivas e cárie dentária. À medida que a doença gengival destrói a gengiva e começa a erodir o osso, moléculas inflamatórias chamadas citocinas podem entrar na corrente sanguínea.

Essas substâncias ativam as células do sistema imunológico e podem resultar em inflamação crônica de baixo grau com o desenvolvimento de doenças como diabetes tipo 2, aterosclerose ou espessamento das artérias e muitas outras, incluindo a obesidade.

As próprias bactérias também podem se deslocar das gengivas para os tecidos circundantes e liberar toxinas que podem se espalhar pelo corpo.

Da mesma forma, o intestino abriga mais de 1.000 espécies de bactérias que residem no intestino grosso e desempenham um papel vital na digestão, absorção, imunidade e proteção contra toxinas e bactérias prejudiciais.

Os seres humanos não podem viver sem uma biota intestinal saudável e diversificada. Se essa comunidade equilibrada de micróbios for perturbada e não restaurada, podem ocorrer distúrbios gastrointestinais.

Pesquisas recentes têm relacionado uma biota intestinal anormal a doenças tão diversas como autoimunidade, obesidade, doenças cardiovasculares e até mesmo Alzheimer.

O que as pessoas devem fazer para evitar esses riscos?

 

A boa higiene bucal inclui consultas odontológicas regulares, prevenção do acúmulo de placa através da escovação regular dos dentes e evitar alimentos ricos em carboidratos e açúcar, que podem levar ao aumento da cárie dentária e das cavidades.

Para apoiar ainda mais o equilíbrio das bactérias na boca, é recomendável incluir alimentos ricos em antioxidantes, como frutas e vegetais frescos, em nossa dieta.

Os dentistas também recomendam evitar o uso de enxaguantes bucais antibacterianos, que foram mostrados como disruptores do equilíbrio de micróbios. O uso excessivo pode levar a distúrbios e estimular espécies de bactérias que podem causar doenças.

Níveis elevados de estresse e falta de exercício também foram relacionados a perturbações no equilíbrio da biota oral. Portanto, uma dieta equilibrada com descanso suficiente, acompanhada de boa higiene bucal, é recomendada.

A boca é a porta de entrada para o intestino e o resto do corpo. Garantir a harmonia dos micróbios que ali vivem é importante para reduzir o risco de doenças.

fonte: BBC

Cigarros eletrônicos e seus riscos para a saúde bucal.

O uso de cigarros eletrônicos tem se popularizado bastante no Brasil, principalmente entre os jovens. No entanto, muitos não sabem dos riscos que ele apresenta, principalmente em relação à saúde bucal.
Esses cigarros vêm sendo vendidos como mais seguros do que o cigarro tradicional, segurança essa ainda não comprovada por meios científicos. Além disso, os refis são vendidos sem fiscalização de órgãos reguladores em relação à quantidade de nicotina e demais substâncias, como os aromatizantes, que tanto atraem os mais jovens.
Diante dessa falta de controle das substâncias, temos influência da nicotina e de produtos químicos citotóxicos nas células da cavidade oral. Um ponto extremamente importante e que não deve ser esquecido é que a nicotina é um agente que atua na carcinogênese (processo de formação do câncer), trazendo alteração na função e viabilidade das células.
O uso frequente dos cigarros eletrônicos pode causar algumas doenças, como estomatite nicotínica, língua pilosa e reação liquenóide, que inclui o aparecimento ou agravamento de Periodontite.
Se o usuário, mesmo conhecendo os riscos, continuou optando pelo consumo dos cigarros eletrônicos, é importante estar atento a alguns cuidados:
·       Evitar o contato do fluido direto com a pele e mucosas, como forma de evitar queimaduras químicas e dermatites;
·       Estar sempre atento aos componentes do fluido, para ver se há algum produto tóxico em sua composição;
·       Não utilizar soluções caseiras;
·       Reduzir o uso de nicotina, a fim de que seja descontinuado com o tempo;
·       Utilizar e carregar o produto com bastante atenção, pois ele apresenta risco de explosões.
Fonte: Jornale

Periodontite agrava os casos de Covid-19

Segundo a Academia Europeia de Odontologia, inflamações na gengiva e má higiene bucal aumentam os riscos de contaminação pela Covid-19, pois favorecem a infecção e facilitam a entrada do vírus no sistema vascular. Além disso, indivíduos com diabetes, obesidade e cardiopatia também são mais propensos a problemas bucais e, consequentemente, às complicações por Coronavírus. Aqueles com periodontite têm 3,5 vezes mais chances de serem internados em UTIs e 4,5 vezes mais possibilidades de precisarem de ventilação mecânica caso sejam contaminados pelo vírus.

Nesse sentido, é mais do que fundamental dedicar uma atenção maior à saúde bucal. A saúde realmente começa por ela. Fazer a limpeza diariamente é tão importante como higienizar o restante do corpo, que precisa ser visto de forma integrada.

Atenção redobrada às cáries

Pacientes com cárie também devem ficar atentos. Afinal, suas bactérias podem cair na corrente sanguínea e gerar aceleração de problemas cerebrais, cardíacos, pulmonares, gestacionais, entre outros, principalmente quando o indivíduo já possui outras doenças.

Segundo pesquisas, 95% da população já teve sangramento gengival. E, neste momento de pandemia, é primordial cuidar da saúde bucal com atenção redobrada. Muitas pessoas deixam de se tratar por medo de contaminação em consultórios, o que resulta em maior incidência de cáries e de doenças gengivais em estágios avançados e com consequências graves. A manutenção do tratamento é a solução mais segura. Durante os atendimentos, os profissionais seguem todos os protocolos de higiene para proteção dos pacientes.

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