Estudos relacionam apneia do sono à asma e ao mal de Alzheimer

Foram apresentados estudos durante a conferência internacional da sociedade americana torácica, na Filadélfia, Estados Unidos, relacionando a apneia do sono à asma e ao mal de Alzheimer.

Sabe-se que pacientes apneicos correm maior risco de vida devido às complicações cardiovasculares, depressão e câncer.

Os pesquisadores analisaram 1.533 pacientes, os quais foram submetidos a testes ergométricos. Descobriu-se que os pacientes apneicos têm cinco vezes maior chance de morrer por enfarto ou acidente vascular cerebral.

Em outra pesquisa, estudaram 1.500 pacientes, estando entre estas pessoas portadoras de asma. Chegou-se a conclusão que os pacientes asmáticos apresentam 70% de prevalência de apneia do sono, com índice acentuado àqueles que desenvolveram a asma na infância. O estudo também concluiu que para cada cinco indivíduos com asma, 10% desenvolveram a apneia do sono num período de oito anos.

Um terceiro estudo, apresentado na conferência, analisou 68 indivíduos com média de idade em torno de 71 anos. Todos os indivíduos foram submetidos a testes durante a noite de sono com finalidade de detectar um “marcador biológico” para a doença de Alzheimer. O resultado apontou o marcador biológico em potencial em todos os indivíduos com apneia do sono.

A prevalência da apneia do sono dispara entre os idosos da terceira idade, cerca de 30% a 60% das pessoas acima de 65 anos de idade apresentam a incidência da apneia do sono. A relação entre a apneia do sono e o mal de Alzheimer pode estar ligado diretamente à hipoxemia, causada pela apneia, destruindo neurônios numa grande proporção, sem regeneração.

Depois dos 50 anos a cárie na raiz é comum. Como identificar?

Se você tem mais de 50 anos fique atento, você pode ser vitima de um tipo específico de cárie chamada radicular. Isso porque, a medida que envelhecemos, é comum a a gengiva se retrair deixando parte da raiz dos dentes exposta. Como nessa região não existe esmalte, tecido mais resistente que protege os dentes, essas áreas expostas se deterioram mais facilmente causando essa tal cárie radicular.

Para colaborar com esse quadro, com o passar dos anos também é normal que a quantidade e a qualidade da saliva diminuam, fazendo com que ela se torne mais espumosa e grudenta, o que facilita a aderência de resíduos e microrganismos na boca.

A saliva é um liquido que lubrifica e protege os dentes, tanto por sua composição rica em sais minerais que remineraliza a superfície dentária, quanto por suas propriedades antimicrobianas que neutralizam o ambiente ácido da boca após ingestão de alimentos, inibindo o crescimento bacteriano.

Outros fatores comuns em pessoas com mais de 50 anos como diminuição das habilidades físicas e motoras, fumo, doenças periodontais e radioterapia de cabeça e pescoço também colaboram para o aparecimento desse tipo de cárie.

Qual a diferença da cárie comum?
Como vimos acima, a cárie radicular ataca mais a raiz do dente, enquanto a coronária (a mais comum) tem como alvo preferido o dente. Até os agentes causadores desses problemas não são exatamente os mesmos. O da cárie comum é o S. Mutans, enquanto que o da radicular é uma associação de microrganismos, sendo os principais o S. Mutans e os Lactobacillos.

Culpa da falta de higienização
No entanto, existe uma coisa em comum entre essas duas cáries: o motivo inicial do seu aparecimento. Ambas só se instalam em bocas que não são devidamente higienizadas.

As bactérias estão presentes naturalmente na boca e são elas que transformam todos os alimentos, especialmente açúcar e amido, em ácidos. O conjunto destas bactérias, ácidos, resíduos de alimentos e saliva formam uma substância pegajosa chamada placa bacteriana. A placa que não é removida traz prejuízos para a saúde bucal que, inclusive, vão além da cárie, como a gengivite, a periodontite e a halitose.

Bom no começo, ruim no final
Atualmente, a cárie comum vem diminuindo sua prevalência por causa do acesso das pessoas a tratamentos odontológicos, orientações de higiene bucal, uso de escova, fio dental e cremes dentais e água com flúor. Isso é uma boa notícia, mas também é um fator que, lá na frente, pode facilitar o aparecimento da cárie radicular.

Diminuindo-se o risco de cárie, a população adulta e idosa consegue chegar nesta fase com maior número de dentes, mas enfrentando um maior risco de contrair a cárie radicular. Hoje, a cárie radicular é uma das maiores causas de perda dentária em idosos, prejudicando a qualidade de vida destes pacientes.

Como identificar
Os sinais e sintomas das cáries radiculares podem variar, dependendo da sua dimensão e localização. Normalmente ocorre uma mudança de cor e textura na região radicular exposta, podendo manifestar sensibilidade dentinária, dor leve ou aguda ao comer ou beber e dor ao morder.

As formas de evitá-la são as mesmas da cárie comum. Higiene bucal caprichada, boa ingestão de água e visitas regulares ao cirurgião-dentista para check ups, aplicações de flúor tópico e testes salivares para controle da quantidade e qualidade da saliva.

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