Quase metade dos ataques cardíacos são ‘silenciosos’

Dores e sensação de aperto no peito, falta de ar, fadiga e náuseas. Esses e outros sintomas em conjunto são fortes indicações de que uma pessoa está sofrendo um infarto. Nestes momentos, é importante procurar ajuda médica o mais rápido possível, e quem sobrevive é aconselhado a adotar hábitos de vida mais saudáveis, como abandonar o cigarro, melhorar a dieta e praticar exercícios. Mas quase metade dos infartos são “silenciosos”, isto é, não provocam sintomas tão agudos e passam desapercebidos. Assim, suas vítimas estão expostas a um maior risco de desenvolver doenças cardíacas e eventualmente morrerem. É o que diz uma nova pesquisa publicada pelo periódico científico “Circulation”, editado pela Associação Americana do Coração.

— As consequências de um ataque cardíaco silencioso são tão ruins quanto as de um ataque cardíaco que é reconhecido quando está acontecendo – alerta Elsayed Soliman, líder do estudo e diretor de cardiologia epidemiológica do Centro Médico batista de Wake Forest, na Carolina do Norte, EUA. — Mas como os pacientes não sabem que o que tiveram um ataque cardíaco silencioso, eles podem não receber o tratamento necessária para prevenir outro no futuro.

Na pesquisa, os cientistas analisaram dados de quase 10 mil pessoas de quatro diferentes comunidades americanas inscritas no fim dos anos 1980 em um estudo para avaliar as causas e consequências da aterosclerose, o progressivo endurecimento e acumulação de placas nas paredes das artérias, que as entopem. De lá para cá, esses voluntários, de ambos os sexos e tanto caucasianos quanto afrodescendentes, passaram por cinco avaliações médicas em que foram submetidos a exames de eletrocardiograma (ECG).

Das pessoas analisadas no estudo, 386 tiveram infartos sintomáticos no período da pesquisa, enquanto 317 sofreram ataques cardíacos silenciosos que só foram diagnosticados graças ao exame de ECG, ou 45% do total de episódios. Além disso, pelos cálculos dos pesquisadores, as vítimas desses infartos silenciosos apresentaram uma chance três vezes maior de morrerem de doenças cardíacas do que os voluntários que não tiveram ataques, além de um risco de morte por qualquer causa 34% superior a eles. Por fim, os ataques silenciosos foram mais comuns nos homens, mas são as mulheres que estatisticamente mais morrem por sua consequência.

— Mulheres com ataques cardíacos silenciosos parecem se dar pior que os homens — comenta Soliman. — Nosso estudo também sugere que os afrodescendentes estão em pior situação que os caucasianos, mas talvez o número de afrodescendentes nele seja muito pequeno para dizer isso com certeza.

Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcus Vinícius Bolívar Malachias ficou surpreso com quão comum são os infartos silenciosos.

— Esta é uma informação nova — avalia. — Frequentemente encontramos o problema em pessoas que vêm para o consultório para um check-up ou exames, mas não tínhamos ideia que o problema era dessa magnitude. Um infarto é sempre um acontecimento muito grave e isso explica porque as pessoas que tiveram infartos silenciosos têm uma mortalidade maior do que as que não tiveram.

Assim, diante do tamanho do problema, Malachias diz que é preciso reforçar a prevenção e a necessidade de fazer check-ups periódicos, única maneira de detectar os infartos silenciosos.

— Corrigir os fatores de risco, principalmente o chamado “quarteto mortal”, hipertensão, colesterol alto, tabagismo e diabetes, e fazer avaliações médicas periódicas são as melhores e únicas maneiras de prevenir estes riscos maiores de morte trazidos pelos infartos silenciosos — afirma.

Recomendação parecida também foi feita por Soliman:

— Os fatores de risco modificáveis são os mesmos para os dois tipos de ataques cardíacos. Os médicos precisam ajudar seus pacientes que tiveram um infarto silencioso a parar de fumar, reduzir seu peso, controlar o colesterol e pressão sanguínea e fazer mais exercícios.

Fonte: O GLOBO

Quais são as opções de aparelho ortodôntico?

A ortodontia está em alta. Com o surgimento dos aparelhos transparentes, menos perceptíveis, a preocupação com uma dentição perfeita deixou de ser apenas coisa de criança e adolescente e hoje também interessa aos adultos que não trataram, enquanto jovens, um probleminha de dente torto ou arcada proeminente.

A procura pelo padrão de beleza perfeito e as exigências de um concorrido mercado de trabalho, que coloca a aparência entre um dos itens importantes na hora de avaliar o candidato, têm levado empresas do ramo a desenvolverem novas opções de aparelhos ortodônticos. Identifique qual fator é determinante para você – tratamento no menor espaço de tempo, discrição ou menor custo – e escolha o melhor aparelho dentário para o seu caso. Opções não faltam. Conheça o que o mercado oferece:

O aparelho móvel serve para executar pequenos movimentos dentários.

• Indicação: para quem está em fase de crescimento, especialmente entre 6 a 12 anos ou para contenção no fim do tratamento.

• Recomendação: uso constante, dia e noite, pois esquecer de usá-lo frequentemente prejudica o resultado.

• Observação: dói um pouco quando é ajustado.

• Higiene e limpeza: a habitual, já que o aparelho pode ser retirado.

• Duração: pode ser em duas etapas, a primeira de um a dois anos para corrigir problemas ósseos e funcionais. Depois, em alguns casos, o aparelho fixo entra como complemento.

• Material: são confeccionados com fios de aço (para os arcos e molas) e resina acrílica (para o corpo do aparelho). Podem ser usados acessórios como parafusos expansores para aumentar a largura do aparelho e expandir a arcada gradualmente.

O aparelho fixo é basicamente composto de bráquetes (pequenos suportes de aço, cerômeros ou cerâmicos) colados nos dentes.

• Indicação: pessoas que precisam de uma maior movimentação dos dentes de forma tridimensional.

• Recomendação: é preciso que a pessoa tenha uma boa saúde bucal, sem cáries e gengivas saudáveis.

• Observação: como todo aparelho fixo pode machucar um pouco apenas no início, mas nada que o paciente não se acostume. Posteriormente, estes episódios são cada vez mais raros.

• Higiene e limpeza: a correta higiene da boca é fundamental, o uso da escova e do fio dental são muito importantes. Limpar bem em volta dos bráquetes dando uma atenção especial à área mais próxima à gengiva é o segredo.

• Duração: por volta de dois anos.

• Material: os bráquetes são de aço inoxidável. Os estéticos podem ser de policarbonato, porcelana (cerâmica) ou safira sintética. Já os arcos ortodônticos, usados em todos os aparelhos, podem ser fabricados com Nitinol (níquel+titânio), TMA (titânio+molibidênio) ou mesmo aço inoxidável.

O aparelho lingual também é fixo, mas uma técnica especial prende os bráquetes por trás dos dentes.

• Indicação: pacientes que buscam tratamento ortodôntico estético sem bráquetes colados pelo lado de fora dos dentes.

• Recomendação: é preciso que a pessoa tenha uma boa saúde bucal, sem cáries e gengivas saudáveis.

• Observação: por estar colado atrás dos dentes, normalmente este tipo de aparelho machuca um pouco a língua e pode atrapalhar a fala no início do tratamento. Entretanto, a maioria dos pacientes se acostuma com ele depois de algumas semanas.

• Higiene e limpeza: neste tipo de aparelho é mais difícil, os pacientes devem ter mais cuidado com sua higiene pessoal e estarem constantemente sendo monitorados pelo seu dentista clínico.

• Material: de modo geral os bráquetes são feitos de aço inoxidável, do mesmo modo que os bráquetes convencionais colados por vestibular.

O aparelho transparente, com alinhadores de acetato, é um tipo de aparelho móvel indicado para quem quer um tratamento imperceptível e que não altere a fala.

• Indicação: em alguns casos de maloclusão dental, mas sempre necessita da avaliação de um ortodontista.

• Recomendação: é preciso que a pessoa tenha uma boa saúde bucal, sem cáries ou problemas nas gengivas. Avaliação feita por profissional competente deve ser considerada. Ao contrário do que muitos pensam a simulação virtual feita para a confecção deste tipo de aparelho não é algo feito pelo computador de modo automático, mas sim programada e supervisionada pelo seu ortodontista. Desta maneira a experiência do profissional faz toda a diferença.

• Observação: algum incômodo é natural em qualquer tipo de aparelho, mas este é o sistema de tratamento ortodôntico mais confortável que existe.

• Higiene e limpeza: é o melhor aparelho para quem busca higiene no tratamento ortodôntico. Por ser removível, ele não altera os hábitos de higiene dos pacientes, que podem remover o aparelho para escovar e usar o fio dental.

• Material: os alinhadores são feitos de acetato transparente e trocados no consultório a cada 15 dias.