Quatro erros comuns ao se fazer a higienização bucal

Fazer a higienização correta da boca é essencial para levar uma vida saudável e evitar cáries e doenças na gengiva. Segundo a Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas- ABCD, 56% dos brasileiros com menos de 12 anos têm cárie, apesar de o Brasil reunir o maior número de profissionais da Odontologia no mundo.

Dedicar-se a escovação três vezes por dia é essencial para uma boa higiene bucal. Neste sentindo, o site norte-americano Huffington Post divulgou uma lista de quatro erros comuns que qualquer indivíduo comete enquanto escova os dentes. Veja e descubra como uma boa escovação pode melhorar o seu sorriso:

1. Não escovar os dentes por tempo suficiente
Grande parte das pessoas não se dedica tempo suficiente na escovação dos dentes. Os dentistas recomendam cerca de dois a três minutos para que o indivíduo tenha uma higienização bucal saudável.

2. Forçar muito a escova sobre os dentes na hora da limpeza
Ao forçar a escova de dentes na hora da escovação, as chances de prejudicar o esmalte do dente são maiores. Esse hábito, além de tornar os dentes um lugar mais propício para cáries, pode prejudicar as gengivas, causando a retração das mesmas.

3. Escolha da escova de dente errada
Não deixe de comprar escovas macias ou ultramacias para minimizar os danos no esmalte do dente. É aconselhado que o usuário substitua sua escova de dentes regularmente a cada três meses para evitar o acúmulo de germes.

4. Não ter o hábito de utilizar o fio dental
O fio de dente alcança locais para limpeza em que as escovas de dentes não podem alcançar. Não ter o costume de utilizar o fio dental, torna o local mais propício para o acúmulo de bactérias e para o indivíduo ter cáries.

Fonte: Huffington Post

Mitos e Verdades sobre o enxaguante bucal

Entre as principais dúvidas em relação ao uso do enxaguatório bucal, está a possibilidade de o produto causar câncer. Muitos pacientes chegam ao consultório com essa dúvida e explica que o álcool presente na fórmula do enxaguatório bucal é de grau farmacêutico e puro, diferentemente do álcool encontrado nas bebidas alcoólicas. O álcool das bebidas alcoólicas, apresenta impurezas e interage de forma diferente com a mucosa bucal, o que torna um fator de risco para o desenvolvimento de lesões cancerosas, a depender da frequência e tempo de ingestão.

Confira outros 10 mitos e verdades sobre o produto apresentados pelo especialista:

1. Enxaguatórios bucais podem substituir a escovação.

Mito. Os enxaguatórios bucais devem ser utilizados com a escova e o fio dental, complementando a higiene bucal. A rotina completa (com fio dental, escovação e enxaguatório) reduz até 99% das bactérias da cavidade bucal, enquanto que o uso de métodos mecânicos apenas (fio dental e escovação) alcançam somente 25% da área da boca.

2. O enxaguatório bucal melhora o hálito.

Verdade. Enxaguatórios bucais têm ação contra bactérias associadas à halitose (mau hálito), que pode ser resultado também de outros problemas bucais, como doença periodontal, além de determinadas condições sistêmicas. Por isso, um dentista sempre deve ser procurado para uma avaliação mais profunda.

3. A presença de álcool no produto faz mal.

Mito. O uso de enxaguatórios bucais com álcool é seguro, segundo várias pesquisas científicas, como a pesquisa Mouthwash and oral cancer risk quantitative meta-analysis of epidemiologic studies, publicada nos Annals of Agricultural and Environmental Medicine, em 2012. O álcool presente na fórmula do produto é de grau farmacêutico, usado para a diluição dos óleos essenciais, que constituem os princípios ativos do produto. O álcool permite uma penetração eficaz dos óleos essenciais no biofilme.

4. Enxaguatório bucal sem álcool não é eficaz.

Mito. O álcool que está presente nos enxaguatórios tem como principal função diluir os óleos essenciais. No caso de enxaguatórios sem álcool, essa diluição é feita por outros componentes específicos e seguros.

5. É possível diluir o produto para arder menos.

Mito. A diluição do produto em água reduz a concentração do princípio ativo. Consequentemente, o produto perde eficácia. Existem produtos com e sem álcool, com sabores fortes e mais suaves. O dentista sempre deve ser consultado para indicar o produto mais apropriado.

6. O uso contínuo de enxaguatório bucal causa manchas nos dentes ou alterações na boca.

Mito. Os enxaguatórios bucais com óleos essenciais não causam manchas nos dentes. Também não há evidência de que estejam associados com desenvolvimento de lesões bucais, alteração na composição da microbiota bucal ou alteração do pH da saliva. Somente alguns produtos específicos contendo clorexidina em sua composição, se usados de modo contínuo, podem ocasionar manchas nos dentes.

7. Utilizar enxaguatório bucal todos os dias faz bem.

Verdade. O uso do produto com escovação e fio dental promove redução adicional de 27% na quantidade de placa bacteriana e de 18% na gengivite, quando comparado à escovação e o fio dental apenas.

8. O enxaguatório bucal ajuda a prevenir e solucionar doenças.

Verdade. O uso diário do produto auxilia na prevenção de doenças bucais, como gengivite e halitose. Além disso, algumas pesquisas mostram associação de doenças bucais e má higiene bucal com doenças sistêmicas. Isso ocorre porque as bactérias presentes na boca podem passar para a circulação sanguínea por meio de pequenos vasos localizados no tecido gengival (processo conhecido por bacteremia). A resposta inflamatória decorrente desse processo pode resultar em algumas condições sistêmicas, como doenças cardiovasculares e respiratórias. Por isso, é importante realizar os três passos da higiene bucal (escovação, fio dental e enxaguatório bucal) para manter uma boa saúde bucal e sistêmica.

9. Todo enxaguatório bucal tem flúor.

Mito. Existem diversos enxaguatórios bucais no mercado, mas nem todos têm flúor na fórmula. É importante que, na hora da escolha, o consumidor opte pelo produto que se ajuste melhor à sua necessidade. Na dúvida consulte, é importante consultar o dentista. Se desejar reduzir o risco de cárie, a escolha de um enxaguatório com flúor deve ser considerada.

10. Todas as versões de enxaguatórios são iguais.

Mito. Não. Assim como a escova dental, a indicação do melhor enxaguatório deve ser feita pelo dentista, que considera a necessidade de cada paciente diante dos diferentes princípios ativos com modos de ação e eficácia dos produtos disponíveis no mercado.

Fonte: USP