Campanha de vacinação contra polio e sarampo termina no próximo sábado

Até que idade pode tomar a vacina?

Crianças entre seis meses e cinco anos incompletos devem ser vacinadas contra poliomielite e crianças entre um e cinco anos incompletos, contra o sarampo.
Embora a campanha seja focada nessas faixas etárias específicas, isso não significa que crianças mais velhas e com o calendário atrasado não possam ser vacinadas. Então, se o seu filho tem mais de cinco anos, mas ainda não tomou essas vacinas, não deixe de levá-lo a um posto.

Essa campanha é só para as crianças que estão com vacinação atrasada ou quem está com as vacinas em dia tem que tomar também?

A recomendação é que todas as crianças que estão nessa faixa etária sejam vacinadas contra a poliomielite e o sarampo, mesmo as que estão com o calendário em dia. Isso porque as vacinas também valem como reforço para quem já tomou. Além disso, a VIP (Vacina Inativada Poliomielite) – aquela que dá início ao esquema de vacinação – também está disponível para as crianças que estão com o calendário atrasado, ou seja, as que ainda não tomaram as duas primeiras doses (injetáveis) aos dois e quatro meses de idade.

A campanha acontece em todo o país?

Sim, são mais de 100 mil postos fixos e móveis disponíveis em todo o Brasil, porém, devido ao grande número, não há como consultar pela internet onde eles ficam. A recomendação é que as pessoas procurem se informar em suas cidades e bairros.

A vacina é aplicada por injeção ou são gotinhas?

A VOP, Vacina Oral Poliomielite, é gotinha. Já a vacina contra o sarampo é dada por injeção.

Quem tem alergia a leite de vaca pode tomar as vacinas?

Só a gotinha, que é contra poliomielite. A vacina contra o sarampo tem um componente chamado lactoalbumina hidrolisada, que pode ser prejudicial a crianças com essa alergia. Como prevenção, os profissionais de saúde estão orientados a questionar os pais se há algum histórico de reação ao leite ou não. Caso a resposta seja positiva, a vacinação contra o sarampo deverá ocorrer posteriormente.

O que fazer se perder o prazo?

Sem pânico. Essas vacinas fazem parte do calendário nacional de vacinação e estão disponíveis nos postos durante o ano todo. A Campanha é apenas uma forma de chamar a atenção dos pais e responsáveis para que não se esqueçam de proteger seus filhos.

Qual é a próxima campanha de vacinação?

O Ministério da Saúde ainda não tem informações sobre a próxima campanha de vacinação.

Fonte: Ministério da Saúde

Dez passos para parar de fumar

1. Desassociar o cigarro do prazer

O fumante associa o cigarro a momentos de prazer, como a pausa no trabalho e a cerveja no bar com os amigos. Para quebrar esse padrão, a hora de fumar deve deixar de ser agradável. “A pessoa deve passar a fumar sozinha e, se possível, de maneira desconfortável, como em pé na área de serviço”, sugere Jaqueline Issa, cardiologista diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração da USP (Incor). “Só assim ela vai realmente entender que é dependente, porque vai perceber que teve de levantar do sofá, onde estava sentada confortavelmente, para ir à área de serviço fumar.”

2. Parar gradualmente (grau de dependência alto)

A nicotina estimula a produção de dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer. Por isso, um dos sintomas da abstinência é o mau humor. Diminuir gradativamente o fumo ajuda a minimizar o sofrimento. “A pessoa deve se planejar para abandonar o vício completamente em quatro semanas”, diz Jaqueline Issa. A recomendação é reduzir o número de cigarros em 25 a 30% a cada sete dias. Se a pessoa está acostumada a fumar vinte cigarros por dia, deve diminuir para quinze na primeira semana, dez na segunda e cinco na terceira, até parar na quarta.

3. Parar de uma só vez (graus de dependência leve e moderado)

A interrupção abrupta é a mais utilizada por quem decide abandonar o vício por conta própria, sem acompanhamento médico. “A pessoa geralmente para de uma vez ao descobrir ter uma doença ou, se for mulher, estar grávida”, diz Jaqueline Issa. Nesse método, a manifestação dos sintomas de abstinência costuma ser maior do que em quem larga o cigarro gradualmente. Por isso, as chances de sucesso da parada abrupta são maiores nos fumantes com nível de dependência leve ou moderado.

4. Distrair-se

A abstinência do cigarro se manifesta por meio do que os médicos chamam de fissura, episódios que duram de dois a três minutos em que parece ser impossível continuar sem fumar. “Nesse momento, é preciso se distrair: tomar água, chupar uma bala (manter a boca ocupada ajuda), dar uma volta e pensar que essa fissura só dura minutos”, afirma Jaqueline Issa.

5. Evitar álcool e cafeína

Ingerir álcool desencadeia uma série de processos químicos que aumentam a vontade de fumar. “Se a pessoa sente desejo de fumar ao ver outros fumantes, é melhor evitar o álcool e as áreas abertas de bares e restaurantes, onde o cigarro é permitido”, diz Jaqueline Issa. O mesmo acontece com o café: durante o tratamento, é recomendável trocar a bebida pura pela versão com leite, e diminuir a quantidade. “Eu costumo sugerir, no máximo, quatro xícaras de café com leite por dia”, diz Jaqueline.

6. Exercitar-se

A prática de atividade física, além de liberar os mesmos neurotransmissores associados à sensação de bem-estar que a nicotina, é associada a um estilo de vida saudável. “Nos momentos em que uma pessoa tem vontade de fumar, ela pode fazer uma caminhada, por exemplo, que vai se sentir melhor sem o cigarro. Claro que não é viável se exercitar o dia inteiro, mas manter uma frequência diária já ajuda”, diz José Roberto Jardim, coordenador do Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo da Unifesp.

7. Listar os motivos que justificam a decisão

“Mais do que querer e ter força de vontade, encontrar uma razão para deixar de fumar é essencial”, diz José Roberto Jardim. Essas razões podem incluir, por exemplo, evitar uma doença grave, poupar dinheiro ou dar exemplo para o filho. Listar os motivos mais significativos ajuda nos momentos em que resistir ao cigarro parece impossível. “A pessoa pode escrever essa lista, guardar em algum lugar e consultar quando quiser se lembrar do motivo de ter tomado aquela decisão”, diz Jaqueline Issa.

8. Contar com o apoio dos familiares e amigos

Anunciar a decisão de parar de fumar para as pessoas próximas costuma ajudar. Primeiro, porque reforça o compromisso consigo próprio. Segundo, pelas palavras de incentivo. “Mas as pessoas devem estar preparadas para dar apoio. Se você sabe que elas vão desestimular a decisão, é melhor não contar”, diz Jaqueline Issa. “Familiares e amigos devem entender que você estará passando por um momento difícil e que, por isso, talvez fique mal humorado ou desanimado.”

9. Fazer tratamento médico

“Tabagismo não é um hábito, é uma doença, e precisa ser tratado como tal”, diz a cardiologista Jaqueline Issa. Parar de fumar por conta própria pode ser difícil por causa dos sintomas ligados à abstinência da nicotina. O tratamento feito com medicamentos que atuam nos receptores de nicotina ou nos neurotransmissores estimulados pela substância, como a dopamina, ajuda a atenuar os sintomas. “Primeiro, tentamos o tratamento usando apenas um tipo de remédio. Se após duas ou três semanas a pessoa não melhorar e os sintomas persistirem, podemos combinar duas drogas, o que geralmente garante bons resultados”, diz Jaqueline.

10. Usar adesivos ou mascar gomas de nicotina

Ao contrário dos tratamentos com remédios que atuam no cérebro, para fazer uso de adesivos ou gomas com nicotina não é necessário acompanhamento médico – basta seguir as instruções da bula. Esse tipo de produto oferece ao usuário uma pequena dose de nicotina, que ajuda a impedir as crises de abstinência. Os adesivos e gomas de nicotina só são recomendados para aqueles que fumam menos de vinte cigarros por dia: caso contrário, seria preciso usar uma quantidade muito grande do produto para surtir efeito, além do gasto financeiro também ser alto.

Fonte: Jaqueline Issa, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor, e José Roberto Jardim, coordenador do Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo da Unifesp.

 

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